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Mulheres com diferentes histórias e que compartilham a raça. São mulheres negras que enfrentam as mais diferentes dificuldades. De jovens a senhoras. Problemas de relacionamento, sexualidade, medos, saudades e decepções. Mas, por outro lado, também tem emoção e felicidades.

NOTA 10/10

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NOTA 7,5/10

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NOTA 9,5/10

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Sabe quando você resolve ler um livro ao acaso, furando toda a fila de leituras programadas sem saber muito o porquê? Isso aconteceu com essa leitura, que comecei logo antes da minha última viagem! Na verdade, até tinha recebido alguns comentários positivos sobre a obra, mas não sabia mais nada a respeito… E só depois que comecei a leitura, descobri que “A vida pela frente” foi vencedor do Goncourt, em 1975, o prêmio literário mais importante da França.

E antes de falar um pouco sobre o enredo, queria contar que essa foi uma leitura muito gostosa, daquelas que você nem sente passar e, quando percebe, já até terminou (e deixa aquele sentimento bom de saudades…).

De um lado, temos Madame Rosa, uma senhora que trabalhou como prostituta em Paris e que passou a cuidar de crianças em um bairro pobre de cidade. Rosa ainda carrega consigo os traumas de ter sobrevivido à Auschwitz. De outro lado, temos Momo, um garoto muçulmano que vive sob os cuidados de Rosa e que possui uma origem desconhecida. Não tem informações sobre seus pais, sobre os motivos de ter sido abandonado e nem mesmo sabe a sua verdadeira idade. Apesar de uma narrativa simples que gira em torno de ambos os personagens, o autor consegue fazer da complexidade dessa improvável relação entre uma senhora judia e uma criança o diferencial da leitura.

E o livro ainda retrata a solidariedade entre pessoas que vivem em situações mais difíceis, à margem da sociedade. Rosa e Momo se relacionam diariamente com os demais moradores do prédio da periferia. Imigrantes árabes, judeus, negros… Cada um com seus problemas, com sua religião e com sua origem diferente, mas há sempre tempo para conseguir ajudar o outro. E é nessa rede de amizades que Momo constrói os seus afetos, assumindo Madame Rosa a figura materna que nunca teve. A partir da relação entre o garoto e os demais habitantes do prédio conseguimos tirar ensinamentos muito bonitos sobre a nossa simples condição de ser humano, tornando a obra publicada há mais de 40 anos atual. Atemporal.

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Silvia disse:

Gostei da resenha, sua narrativa é objetiva, mas abrangente, a tal ponto que despertou o meu interesse pela leitura da obra. Achei positivo vc informar a premiação com a qual o livro foi contemplado.

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