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DIVERSOS

O pavilhão dourado, de Yukio Mishima | Resenha

O ritmo acelerado que vivemos ultimamente vem colocando a pausa e o silêncio como grandes - e incômodos - inimigos. E foi na contramão desse fenômeno que a leitura de um dos principais autores japoneses do século passado atingiu os leitores do meu clube do livro, o Bookster pelo Mundo. Uma obra escrita em 1956, em uma sociedade completamente distinta da nossa e que tinha como protagonista um monge de um templo budista zen, acabou se tornando uma leitura desafiadora - e, para mim, uma experiência muito marcante.

NOTA 7,5/10

DIVERSOS

Homem comum, de Philip Roth | Resenha

É comum encontrarmos na literatura a descrição de acontecimentos extraordinários e vidas marcadas por grandes momentos. No entanto, há grandes autores com a habilidade de construir histórias memoráveis sobre vidas comuns, rotinas insossas e partidas sem legados. Já li diferentes obras com essa abordagem e, quando bem feita, consegue me impactar de uma forma única.

NOTA 9/10

FICÇÃO

NOTA

O cavalo amarelo, de Agatha Christie | Parceria Bookster

Minha primeira obra da rainha do crime, finalmente! E terminei com um arrependimento: por que demorei tanto para conhecer o seu trabalho? Acho que eu tinha um “preconceito” inconsciente com as suas obras, devia achar que seriam livros mais simples, com o único objetivo de despertar no leitor a curiosidade para chegar no final da trama.

Como sempre, quem sai perdendo é quem tem preconceito! Ainda que você não curta a leitura, só lendo para ter alguma opinião… E nesse caso, eu li e gostei muito! Diferentemente do que eu imaginava, a trama de Agatha Christie é profunda e vai muito além de meras cenas de crime e busca pelo assassino responsável. O enredo consegue revelar críticas sociais, uma análise profunda da relação entre os personagens e, lógico, um suspense complexo, que te envolve na história.

Em “O cavalo amarelo”, temos um mistério coberto por uma penumbra sobrenatural. Um padre é morto após escutar uma confissão de uma mulher à beira da morte. Com ele, é encontrado uma lista de nomes de pessoas que não parecem ter muito em comum. Pessoas adoecem e morrem de forma repentina. Há a suspeita de que rituais celebrados por bruxas com poderes podem ser a causa disso… mas como acreditar no sobrenatural? Confesso que no início demorei um pouco para me acostumar com a forma da narrativa, mas logo fui absorvido pelo ritmo da autora.

Na verdade, acho que fiz bem em começar por “O cavalo amarelo”, que nem é uma das obras mais comentadas de Agatha Christie. Se já tive uma experiência tão boa nessa leitura, fico com a certeza que ainda tem muita coisa boa para descobrir em conjunto com essa autora de respeito! E fica uma lição que não falha: desconfie dos seus preconceitos, eles só te impedem de conhecer coisas novas!

Ah, não posso deixar de elogiar a Harper Collins Brasil pelo belíssimo trabalho com as novas edições, todas em capa dura, com tradução inédita e notas explicativas ao final dos livros!

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Em um gênero literário predominantemente masculino e branco, a norte-americana Octavia Butler foi a primeira mulher - e negra - a ganhar notoriedade na publicação de livros de ficção científica e fantasia.

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