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O deserto dos Tártaros, de Dino Buzzati | Resenha

Paciência. Tédio. Espera. Um dos maiores clássicos da literatura italiano, publicado em 1940, é um romance sobre a passagem do tempo. O jovem Giovanni Drogo é enviado para atuar como oficial do exército no Forte Bastiani. A notícia é recebida com grande entusiasmo, já que finalmente ele dará o primeiro passo no glorioso trabalho de defender o seu país.

O que Drogo não esperava é que no Forte Bastiani o dia a dia não oferece tantas emoções. O lugar é isolado, com vista para um imenso deserto e sem vida no seu entorno. Os oficiais que lá vivem cumprem funções repetitivas, oferecem proteção a um perigo que aparentemente não existe e aguardam o dia seguinte. O inimigo nunca vem… e o desespero logo toma conta do protagonista: ele precisa sair de lá.

Como vocês podem imaginar, essa não é uma leitura para quem gosta de enredos com grandes acontecimentos. É uma escrita mais densa, que envolve apreciar a construção daquele cenário isolado, a descrição do comportamento dos personagens e a esperança constante do que pode acontecer. Mas e se os
inimigos nunca aparecerem, seria a nossa vida um total desperdício?

Para quem vive em uma sociedade como a atual, em que o tempo de espera não é mais aceitável e o tédio se tornou um sentimento com o qual não sabemos mais lidar, a leitura se torna ainda mais interessante. São várias as reflexões despertadas no texto de Buzzati. Gostei muito, mas pode não agradar a todos!

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Quem vive em grandes centros urbanos, é usuário recorrente das redes sociais, precisa trabalhar para pagar os boletos e ainda tem uma lista longa de obrigações para tentar atender as exigências e pressões que a sociedade exerce em nós, está exausto. Estamos chegando - ou extrapolando - nossos limites e assuntos como saúde mental, solidão e falta de tempo livre vêm à tona.

NOTA Como considero a autora uma amiga, prefiro não dar nota (passarei a fazer isso).

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