Quando você pensa em “Em busca do tempo perdido”, de Marcel Proust, o que lhe vem à cabeça? Um livro longo, detalhista e difícil? Então, a história criada pelo francês Stéphane Carlier vai te ajudar a desconstruir essa impressão.
Clara, a protagonista, vive em uma cidade francesa e trabalha em um pequeno cabeleireiro local. Sua rotina é comum, sem grandes acontecimentos, ao lado do namorado cuja beleza chama a atenção da dona do salão. Um dia, ela se vê diante de um presente um pouco inusitado que vai modificar os seus dias – e, quem sabe, o seu futuro. Trata-se do livro “No caminho de Swann”, primeiro volume de um dos maiores clássicos da literatura mundial, “Em busca do tempo perdido”.
Logo nas primeira páginas, Clara se vê fisgada pela forma como o autor descreve os cenários criados em sua narrativa. As cenas minuciosas despertam lembranças de sua infância e a protagonista fica fascinada com a habilidade do autor em despertar emoções apenas com as palavras.
E no decorrer das páginas vamos acompanhando essa relação de Clara com a obra. Confesso que a narrativa envolvendo a vida da protagonista não me cativou muito, sendo o mais interessante da obra as partes em que o autor trazia as leituras de Proust. Apesar de o livro não ter grandes acontecimentos, é uma leitura fácil e gostosa de se fazer.
Com cerca de 150 páginas, a obra pode ser uma boa opção para quem quer fugir de livros mais densos e com temáticas mais pesadas. E não tenho dúvidas de que você vai terminar querendo garantir “Em busca do tempo perdido” nas suas estantes.