Veja também

Desafio Bookster

#DesafioBookster2024 | Maio

Mês: Maio
Sentimento: Culpa (mas prometo que o livro promete ser alto astral, hehe)
Livro: Sr. Loverman, de Bernardine Evaristo

NOTA

DIVERSOS

Nove histórias, de J. D. Salinger | Resenha

Embora o autor norte-americano J D Salinger seja conhecido mundialmente por “O apanhador no campo de centeio”, publicado em 1951 e com dezenas de milhões de cópias já vendidas, o seu talento de escrever histórias curtas é até mais festejado por quem é fã de seu trabalho.

NOTA 8/10

DIVERSOS

NOTA 8,5/10

A Última Filha, de Fatima Daas | Resenha

Um livro, acima de tudo, sobre a busca por uma identidade. “A última filha” é uma obra diferente de tudo que você que já leu, principalmente pela forma como a autora constrói sua narrativa. Mistura de autobiografia com ficção, em que o ritmo cadenciado das frases marcam os capítulos curtos. Como a sinopse indica, o ritmo de Fatima Daas ecoa “o rap ou o slam, ou ainda as rezas do alcorão”. Difícil de explicar para quem ainda não leu.

Além da escrita, os temas abordados pela autora são interessantíssimos. Fatima Daas é francesa, descendente de pais argelinos. Sua vida é marcada pelos conflitos. Como sentir a França como sua casa se seus pais não se identificam com o lugar e cultura? Como lidar com o choque cultural de ser criada em uma família muçulmana praticante em um país majoritariamente católico?

Mas os conflitos não param por aí. Fatima faz parte da comunidade LGBTQIA+ e nos conta sobre sua paixão por uma mulher, portanto, se vê como uma pecadora. Isso não a impede de viver o que ela realmente é, da forma que se identifica. Será possível ser muçulmana, religiosa, e divergir do padrão heterossexual?

A definição de Fatima pela própria autora deixa mais nítido o que encontraremos no livro: “Eu me chamo Fatima Daas. Sou a mazoziya, a caçula, a última filha. Aquela para a qual não estamos preparados. Francesa de origem argelina. Muçulmana praticante. Uma suburbana que observa os comportamentos parisienses. Sou uma mentirosa, uma pecadora. Adolescente, sou uma aluna instável. Adulta, sou hiperinadaptada. Escrevo histórias para evitar viver a minha.”

Um livro muito interessante, daqueles que a gente lê em poucos dias. Vale a experiência de partir para uma leitura diferente do que estamos acostumados a fazer, tratando de temas muito atuais.

Deixe seu comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Campos obrigatórios são marcados*.

Nome*:

Email*:

Comentário*

Veja também

DIVERSOS

O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas | Resenha

A obra é, sem dúvidas, um dos principais marcos da literatura mundial. Um clássico que com suas quase 2 mil páginas pode assustar alguns leitores. Mas desde já eu te garanto: pode colocar esse livro na lista das próximas leituras. O enredo é muito bem construído e, apesar de ter sido escrito em 1844, a escrita é bem tranquila. Daqueles livros que você vai passando as páginas sem nem perceber.

NOTA 10/10

DIVERSOS

A vida não é justa, de Andréa Pachá | Resenha

Imagina passar quase vinte anos lidando diariamente com conflitos familiares dos mais diversos possíveis? Imagina as histórias, felizes e tristes, que uma pessoa como essa não vai acumulando ao longo desse longo período? É exatamente essa a experiência de Andréa Pachá, que trabalhou como juíza por quase duas décadas em uma vara de família.

NOTA 8,5/10