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DIVERSOS

O animal social, de Elliot Aronson | Resenha

Não é segredo que sou fã de ficção e que a maioria das minhas leituras está inserida nesse gênero. Mas a verdade é que frequentemente sou surpreendido - de forma positiva - quando me aventuro em obras mais técnicas e que buscam aproximar o leitor de temas relevantes. E foi esse o caso de “O animal social”, uma referência na área da psicologia social, publicado em 1972.

NOTA 9/10

DIVERSOS

O vício dos livros, de Afonso Cruz | Resenha

Livros sobre livros me encantam - talvez isso explique o motivo de eu ter escrito um. Gosto muito de entender como a literatura é uma experiência individual e como os livros desempenham diferentes papéis na vida de um leitor. Quando soube que o autor português tinha uma coletânea de textos sobre o tema, logo coloquei “O vício dos livros” na minha lista de próximas leituras. O título já gerou uma identificação imediata: assim como Afonso Cruz, eu também dependo da literatura para conseguir estar no meu estado de “normalidade” (entre muitas aspas).

NOTA 7,5/10

FICÇÃO, LIVROS

NOTA 10/10

Incidente em Antares, Érico Veríssimo | Resenha

Já começo essa resenha com um clichê: por que demorei tanto para ler esse livro, mesmo com tanta gente que confio me indicando?

A sinopse já é incrível: já imaginou se os mortos pudessem ressuscitar para acertar as contas com as pessoas envolvidas com sua morte, sem ter nada a perder com isso? Pois é, isso acontece na pequena cidade de Antares, na década de 60. Era um sexta-feira 13 aparentemente normal. No entanto, a cidade inteira entra em greve por conta de conflitos políticos. Dentre os grevistas, estão os coveiros e, por conta disso, os defuntos que aguardavam tranquilamente seu enterro passam a zanzar pela cidade reclamando o seu direito ao sepultamento.

Os cidadãos demoram para acreditar na notícia, mas o cheiro de podridão logo assola Antares e todo mundo passa a acompanhar os escândalos que os “fantasmas” estão protagonizando. Antares é uma cidade que, desde sua criação, tem sido palco de disputas entre duas grandes famílias: Vacarianos e Campolargos. E a volta dos defuntos só traz mais palha para reacender essa disputa de ego e poder.

Vale dizer que o livro se divide em duas partes. A primeira, com cerca de 200 pgs, é um retrospecto histórico do Brasil e de Antares. O autor mistura aspectos reais, quando trata da História brasileira, com fatos fictícios relacionados à sociedade antariana. Não recomendo pular essa parte, pois Veríssimo traz pontos bem importantes para a construção dos personagens que serão apresentados na segunda parte, quando a greve geral e o despertar dos mortos são narrados. No entanto, já aviso que a primeira parte pode parecer mais devagar – Não desista!

Outro ponto interessante: sendo esse livro lançado em 1971, durante a Ditadura Militar, Veríssimo teve a coragem de criar uma sátira política com críticas a ideias que se espalhavam pela sociedade da época. É difícil imaginar como a narrativa passou pela censura. Talvez a carga de humor que envolve a obra pode ter despistado quem controlava o que se falava e escrevia naquele período.

Veríssimo é genial e merece muito ser lido. A escrita é deliciosa, sobretudo na segunda parte, com diálogos hilários.

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Confissões de uma máscara, de Yukio Mishima | Resenha

Escrito na década de 40, Confissões de uma máscara é um clássico da literatura japonesa e uma narrativa marcada por conflitos. Há conflitos externos, tendo em vista que a narrativa se passa em parte no Japão durante o período entreguerras e a 2ª Guerra Mundial. No entanto, o livro é marcado, sobretudo, pelos conflitos internos do protagonista, já que o leitor vai acompanhar as angústias e a dificuldade de aceitação de um jovem com sua orientação sexual.

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Para quem vê de fora, Cecília é uma mulher bem sucedida e que ama o que faz. Trabalha como pediatra há muitos anos e possui uma boa rede de pacientes. No entanto, o que o novo romance de Andréa del Fuego deixa claro é como podemos nos enganar pelas aparências. O que se passa na cabeça daqueles com quem convivemos? Será que nos surpreenderíamos se acessássemos os pensamentos do outro, mesmo daqueles que achamos serem tão “normais”?

NOTA 8,5/10