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#DesafioBookster2024 | Novembro

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Mamãe & eu & Mamãe, de Maya Angelou | Resenha

A busca por uma efetiva reconciliação entre pais e filhos é tratada na literatura há séculos. Para a ativista e poeta norte-americana, Maya Angelou, esse processo teve início muito cedo, aos 13 anos. Depois de problemas no casamento, Maya e seu irmão mais velho foram abandonados pela mãe quando os dois ainda eram muito pequenos. A infância foi vivida na casa da avó paterna, em um estado racista no sul dos Estados Unidos.

NOTA 9/10

FICÇÃO

NOTA 9/10

O mundo se despedaça, de Chinua Achebe | Resenha

Ainda não muito conhecido no Brasil, o autor nigeriano Chinua Achebe é considerado como um dos maiores autores do século XX. Em “O mundo se despedaça”, o autor nos leva para uma Nigéria pré-independência e, mais especificamente, para o centro da vida tribal da etnia ibo.

O personagem principal é Okonkwo, um guerreiro que tenta enfrentar a ação dos missionários brancos e europeus, com o principal objetivo de manter as tradições e valores das tribos africanas da região. É, portanto, uma denúncia sobre as trágicas consequências que o imperialismo europeu trouxe para o continente africano, tendo desconsiderado todas as particularidades dos diversos povos ali presentes e a cultura sobre a qual viviam.

O que se despedaça, então, é justamente o mundo em que Okonkwo nasceu e formou a sua família. O único mundo que até então e que, de uma hora para outra, passam a tentar mostrá-lo como errado e menos civilizado. Como entender que a religião que sempre acreditou não poderia ser mais cultuada, devendo o nativo ter que abandonar seus deuses e aprender uma nova fé, como se isso fosse possível.

Gostei bastante da leitura, mesmo não tendo conseguido me envolver tanto com a historia do protagonista. Na minha opinião, o mais interessante da obra é como o autor consegue nos apresentar a organização da sociedade ibo e como os crenças e rituais eram um suporte fundamental de seu povo. É inevitável ser impactado pelo choque cultural, inclusive considerando como algumas dessas crenças vão contra princípios que atualmente entendemos como indispensáveis. Mas esse é um dos aspectos mais interessantes da literatura: nos colocar em confronto com nossas próprias opiniões e conceitos.

Diante disso, termino com apenas um pedido: por mais publicações no Brasil da tão diversa literatura africana!

PS: A capa do livro que você encontra para comprar no mercado é diferente, então não tente buscar essa mesma edição que a minha!

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A casa do silêncio, de Orhan Pamuk | Resenha

Apesar de não ser um dos seus romances mais famosos, “A casa do silêncio” foi o primeiro livro que li do autor turco, Vencedor do Prêmio Nobel de literatura em 2006.

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Em meio ao mês do orgulho LGBTQIA+, comecei essa leitura, muito bem indicada por Mia Couto no @dariaumlivropodcast, sem saber que a obra do autor vietnamita - que acaba de ser traduzida para o português - continha uma temática gay. Ocean Vuong é muito conhecido por suas obras de poesia e “Sobre a terra somos belos por um instante” foi sua primeira aventura em um romance.

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