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DIVERSOS

O animal social, de Elliot Aronson | Resenha

Não é segredo que sou fã de ficção e que a maioria das minhas leituras está inserida nesse gênero. Mas a verdade é que frequentemente sou surpreendido - de forma positiva - quando me aventuro em obras mais técnicas e que buscam aproximar o leitor de temas relevantes. E foi esse o caso de “O animal social”, uma referência na área da psicologia social, publicado em 1972.

NOTA 9/10

DIVERSOS

O vício dos livros, de Afonso Cruz | Resenha

Livros sobre livros me encantam - talvez isso explique o motivo de eu ter escrito um. Gosto muito de entender como a literatura é uma experiência individual e como os livros desempenham diferentes papéis na vida de um leitor. Quando soube que o autor português tinha uma coletânea de textos sobre o tema, logo coloquei “O vício dos livros” na minha lista de próximas leituras. O título já gerou uma identificação imediata: assim como Afonso Cruz, eu também dependo da literatura para conseguir estar no meu estado de “normalidade” (entre muitas aspas).

NOTA 7,5/10

FICÇÃO, LIVROS

NOTA 9/10

Pachinko, de Min Jin Lee | Resenha

Do início dos anos 1900 na Coreia, até o final do século XX no Japão, Min Jin Lee nos apresenta a história das gerações de uma família coreana que precisou sobreviver à pobreza da região rural e à violência da ocupação japonesa no país. É o exemplo de uma, dentre as milhares de famílias de imigrantes coreanos no Japão que precisaram esconder suas origens por conta do preconceito. Nessa obra, a autora consegue mesclar de forma muito habilidosa a vida dos personagens com o contexto histórico em que estavam inseridos.

Ao longo da narrativa, senti que o enfoque era dado à perspectiva das personagens mulheres, que sofriam por conta de uma cultura machista, que as acorrentava nas obrigações de cuidar da casa e da família, deixando de lado a possibilidade de amar ou ser independente. No enredo, leitor se depara com a força que a cultura e a tradição exercem nas escolhas de uma pessoa e como as consequências dessa escolha podem ecoar por anos.

Dentre as personagens, Sunja tem um papel principal e acaba vivendo uma vida bem sofrida, repleta de obstáculos e perdas. Após se apaixonar por um homem casado, Sunja é obrigada a deixar a pequena cidade onde vive e aceita se casar com um pastor japonês. E é no Japão que a personagem tem que criar os filhos em meio ao preconceito diário contra os coreanos e à dificuldade de encontrar um lugar para chamar de casa. É o sentimento de se sentir constantemente um estranho no próprio lugar em que vive; uma sensação de não pertencimento.

A escrita da autora de origem coreana é muito fluida e consegue nos transportar para o ambiente em que se passa o romance. Senti falta de saber mais do destino de Sunja e de outros personagens marcantes na parte final do livro, já que a autora acabou focando mais nos personagens secundários e deixou histórias “incompletas”. Mas isso também pode ter sido proposital por parte de Min Jin Lee, que buscava demonstrar como os “personagens principais” acabam perdendo sua importância ao longo dos anos e da vinda das novas gerações.

Super recomendado por Obama, Oprah e agora também pelo – muito menos importante – Bookster!?

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O lobo da estepe, de Herman Hesse

A primeira leitura de 2021 já começou muito marcante para mim. Como comentei com vocês, fazia algum tempo que não me identificava tanto com um livro. Já era um grande fã de Hesse depois de ter lido “Sidarta” e “Knulp” e, depois de “O lobo da estepe”, talvez possa falar que o autor está no meu top 10 de escritores favoritos.

NOTA 10/10

FICÇÃO, LIVROS

A terceira vida de Grange Copeland, de Alice Walker | Resenha

Apesar de ser conhecida mundialmente por “A cor púrpura”, premiado romance que denunciou de forma impactante o racismo e machismo no sul dos Estados Unidos, Alice Walker tem uma ampla produção literária. No entanto, temos poucos de seus trabalhos publicados no Brasil e, por isso, a publicação de seu primeiro romance, “A terceira vida de Grange Copeland” (1970), foi recebida com muito entusiasmo - e, para alegria dos leitores, com uma crítica muito positiva.

NOTA 9,5/10