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DIVERSOS

Garota, mulher, outras – de Bernardine Evaristo | Resenha

Mulheres com diferentes histórias e que compartilham a raça. São mulheres negras que enfrentam as mais diferentes dificuldades. De jovens a senhoras. Problemas de relacionamento, sexualidade, medos, saudades e decepções. Mas, por outro lado, também tem emoção e felicidades.

NOTA 10/10

DIVERSOS

Em agosto nos vemos, de Gabriel García Márquez  | Resenha

O aguardado romance póstumo do amado Gabo, um dos meus autores favoritos, já inicia com uma mensagem dos seus filhos aos leitores: Ao julgar o livro muito melhor do que lembrávamos, nos ocorreu outra possibilidade: de que o declínio de suas faculdades mentais, que não permitiu a Gabo terminar o livro, também o impediu de perceber como ele estava bem-feito.

NOTA 7,5/10

LIVROS, NÃO FICÇÃO

NOTA 9/10

As bruxas da noite, de Ritanna Armeni | Resenha

Publicado em 2018 por uma jornalista italiana, a obra chegou ano passado aqui no Brasil, mas não tinha visto ninguém falar sobre ela ainda… Acabei descobrindo a obra por acaso, em pesquisas na internet para o Desafio Bookster. E que boa surpresa, sobretudo porque gosto dos livros jornalísticos que têm uma narrativa mais romanceadas, e menos informacional, exatamente como é o caso de “As bruxas da noite”. ⁣

A autora nos apresenta uma realidade que é muito esquecida pela História: a presença de mulheres nas linha de frente das guerras. No caso especifico, conhecemos a história de um regimento aéreo unicamente feminino, formado em 1942 para lutar pelo exército soviético na segunda guerra. E essa realidade é apresentada a partir dos relatos de Irina Rakobolskaya, antiga vice-comandante do regimento, que na época das entrevistas estava com 96 anos. Essas soldados passaram a ser conhecidas por “Bruxas da noite”, pois faziam os seus ataques durante o período noturno, quando os alemães não poderiam ver muita coisa.⁣

E é muito interessante entender não apenas o dia dia no campo de batalha, mas também todo o processo de formação de um regimento feminino, que contou com inúmeros obstáculos. Eram mulheres que queriam se voluntariar para lutar pelo pais e que, mesmo assim, eram vistas como “incapazes”. Já no exército, há uma nítido processo de desfeminização das mulheres: os cabelos cortados, os uniformes eram feito para os homens e elas deveriam mudar os comportamentos. Quando retornam da guerra, a realidade parece ainda mais ingrata…⁣

Durante a leitura, compreendi ainda mais a importância do trabalho da autora em escrever sobre esse tema. A entrevistada já tinha 96 anos e era a última sobrevivente… Se não tivesse feito isso, muito provavelmente nunca saberíamos de detalhes sobre a história dessas mulheres. E, com isso, é inevitável pensar como muitos acontecimentos acabaram sendo perdidas por conta de um filtro discriminatório da História.⁣

“Enquanto eu corria o risco de morrer, era adequada à Força Aérea e à vida militar. Depois, com a paz, já não precisavam mais de mim.”

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NOTA

FICÇÃO

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NOTA 9/10