Veja também

DIVERSOS

O animal social, de Elliot Aronson | Resenha

Não é segredo que sou fã de ficção e que a maioria das minhas leituras está inserida nesse gênero. Mas a verdade é que frequentemente sou surpreendido - de forma positiva - quando me aventuro em obras mais técnicas e que buscam aproximar o leitor de temas relevantes. E foi esse o caso de “O animal social”, uma referência na área da psicologia social, publicado em 1972.

NOTA 9/10

DIVERSOS

O vício dos livros, de Afonso Cruz | Resenha

Livros sobre livros me encantam - talvez isso explique o motivo de eu ter escrito um. Gosto muito de entender como a literatura é uma experiência individual e como os livros desempenham diferentes papéis na vida de um leitor. Quando soube que o autor português tinha uma coletânea de textos sobre o tema, logo coloquei “O vício dos livros” na minha lista de próximas leituras. O título já gerou uma identificação imediata: assim como Afonso Cruz, eu também dependo da literatura para conseguir estar no meu estado de “normalidade” (entre muitas aspas).

NOTA 7,5/10

LIVROS, NÃO FICÇÃO

NOTA 9/10

As bruxas da noite, de Ritanna Armeni | Resenha

Publicado em 2018 por uma jornalista italiana, a obra chegou ano passado aqui no Brasil, mas não tinha visto ninguém falar sobre ela ainda… Acabei descobrindo a obra por acaso, em pesquisas na internet para o Desafio Bookster. E que boa surpresa, sobretudo porque gosto dos livros jornalísticos que têm uma narrativa mais romanceadas, e menos informacional, exatamente como é o caso de “As bruxas da noite”. ⁣

A autora nos apresenta uma realidade que é muito esquecida pela História: a presença de mulheres nas linha de frente das guerras. No caso especifico, conhecemos a história de um regimento aéreo unicamente feminino, formado em 1942 para lutar pelo exército soviético na segunda guerra. E essa realidade é apresentada a partir dos relatos de Irina Rakobolskaya, antiga vice-comandante do regimento, que na época das entrevistas estava com 96 anos. Essas soldados passaram a ser conhecidas por “Bruxas da noite”, pois faziam os seus ataques durante o período noturno, quando os alemães não poderiam ver muita coisa.⁣

E é muito interessante entender não apenas o dia dia no campo de batalha, mas também todo o processo de formação de um regimento feminino, que contou com inúmeros obstáculos. Eram mulheres que queriam se voluntariar para lutar pelo pais e que, mesmo assim, eram vistas como “incapazes”. Já no exército, há uma nítido processo de desfeminização das mulheres: os cabelos cortados, os uniformes eram feito para os homens e elas deveriam mudar os comportamentos. Quando retornam da guerra, a realidade parece ainda mais ingrata…⁣

Durante a leitura, compreendi ainda mais a importância do trabalho da autora em escrever sobre esse tema. A entrevistada já tinha 96 anos e era a última sobrevivente… Se não tivesse feito isso, muito provavelmente nunca saberíamos de detalhes sobre a história dessas mulheres. E, com isso, é inevitável pensar como muitos acontecimentos acabaram sendo perdidas por conta de um filtro discriminatório da História.⁣

“Enquanto eu corria o risco de morrer, era adequada à Força Aérea e à vida militar. Depois, com a paz, já não precisavam mais de mim.”

Deixe seu comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Campos obrigatórios são marcados*.

Nome*:

Email*:

Comentário*

Veja também

DIVERSOS

#DesafioBookster2020 | Setembro

Um dos aspectos mais positivos do Desafio Bookster para mim é o incentivo à leitura de obras e gêneros que não costumo ler muito. Apesar de serem extremamente populares, os livros de suspense não aparecem com tanta frequência na minha lista de leituras.

NOTA

FICÇÃO

Anotações de um jovem médico, de Mikhail Bulgákov | Resenha

Quando recebi a notícia desse lançamento pela Editora 34, fiquei muito animado por dois motivos: o livro é do mesmo autor de “Mestre e Margarida”, uma obra que adorei (!), e tem com temática a profissão médica, um assunto que sempre me interessou! ⁣

NOTA 9/10