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#DesafioBookster2024 | Novembro

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Mamãe & eu & Mamãe, de Maya Angelou | Resenha

A busca por uma efetiva reconciliação entre pais e filhos é tratada na literatura há séculos. Para a ativista e poeta norte-americana, Maya Angelou, esse processo teve início muito cedo, aos 13 anos. Depois de problemas no casamento, Maya e seu irmão mais velho foram abandonados pela mãe quando os dois ainda eram muito pequenos. A infância foi vivida na casa da avó paterna, em um estado racista no sul dos Estados Unidos.

NOTA 9/10

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NOTA 10/10

Prisioneiras, de Dráuzio Varella | Resenha

Tem alguns livros que considero como essenciais para alguém que vive em uma sociedade. E isso porque nos mostram o que está por trás de muitos problemas políticos e sociais, desmitificando aquele “senso comum desinformado” que ouvimos repetidas vezes. E “Prisioneiras” se encaixa nesse grupo!

Sou fã do Dráuzio pelo seu trabalho com e para o outro. E agora virei fã também de seu trabalho como escritor. A sua experiência com o ser humano é gigante. Apenas em penitenciárias, Dráuzio vem atuando desde 1989, quando começou no já extinto Carandiru. E em meio a tantas consultas, em que o autor não se limita a escutar as queixas físicas dos pacientes, Dráuzio se deparou com uma diversidade emocionante de histórias.

Em “Prisioneiras”, conhecemos um pouco das histórias do tempo em que o autor trabalhou em uma penitenciária exclusivamente feminina. E não são apenas relatos individuais de pacientes a que temos acesso, mas também há uma série de problemas e angústias que se repetem na vida de inúmeras das detentas. Dráuzio passa pelo problema do abandono da família e dos companheiros (quando, por outro lado, as mulheres passam anos visitando seus companheiros e filhos presos), pela origem da criminalidade da maior parte das detentas, pela complexa questão da sexualidade que rege as relações entre as mulheres nos presídios, pelas facções criminosas que comandam o dia a dia das mulheres encarceradas, e por aí vai…

Por isso, a leitura dessa obra nos mostra uma visão particular e pouco abordada do sistema penitenciário brasileiro e que nós, como cidadãos, devemos conhecê-la. A compaixão por quem está lá, independentemente do que tenha feito, é gigante pelos olhos de Dráuzio e, se um pouco disso conseguir ser transportado por meio do livro, já é um ganho inestimável para nós, leitores. Não há julgamentos morais, há a oportunidade de escutar, compreender e respeitar o outro.

Esse é o terceiro livro da trilogia sobre o sistema carcerário brasileiro. Comecei por ele e não acho que seja necessário ler em alguma ordem. Mas terminei a leitura com muita vontade de ler a trilogia completa.

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