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Quem matou meu pai, de Édouard Louis | Resenha

Um manifesto literário e íntimo. Com menos de 100 paginas, Édouard Louis constrói um texto híbrido, que combina críticas sociais à desigualdade e à sociedade opressora em que vivemos, com suas memórias, em especial a sua conturbada relação com seu pai, que não aceitava um filho gay. Se a autoaceitação de uma pessoa da comunidade LGBTQIA+ já é um processo difícil e dolorido, enfrentar esses medos com a repulsa familiar é uma tarefa muito mais sofrida.

NOTA 9/10

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Uma história desagradável, de Fiódor Dostoiévski | Resenha

Diferentemente do seus romances mais densos, que se aprofundam nos conflitos e angústias dos personagens, “Uma história desagradável” é uma obra curta e que revela um Dostoiévski mais cômico e menos psicológico. E o que começa com uma premissa bem humorada, acaba levando para um desenvolvimento desagradável - para não dizer caótico.

NOTA 9/10

DIVERSOS

NOTA 10/10

O filho de mil homens, de Valter Hugo Mãe | Resenha

Em 2019, resolvi fazer a releitura dessa obra que é única em sua sensibilidade e na forma como aborda o afeto e as relações humanas. Quem me acompanha aqui há um tempo sabe da minha admiração pelo autor, que foi um dos responsáveis por despertar a vontade de conhecer um universo mais amplo de livros, que não se limitava apenas aos autores mais conhecidos ou às listas de mais vendidos. E, na minha opinião, o que mais se destaca nos livros de @valterhugomae é a sua escrita. É a poesia que preenche as suas frases, como se cada palavra tivesse sido escolhida a dedo.

Em “O filho de mil homens”, a narrativa é construída a partir de situações simples. É a história de um pescador solitário, Crisóstomo, que conhece um garoto órfão, chamado Camilo. É a história de uma família criada a partir de laços que fogem do convencional. E para acompanhar as emoções que percorrem a história de Crisóstomo e Camilo, o autor nos apresenta diferentes personagens, cada um com seus próprios conflitos. Cada um vive e sofre do seu jeito os problemas que encontram na pequena aldeia, mas que também estão presentes em todo canto: machismo, homofobia e outras formas de discriminação. Mas é justamente no meio dessas falhas de uma sociedade, que cada busca no outro um pedaço daquele seu vazio, daquela metade que lhe falta… E não é para isso que deveriam servir o amor e o afeto?

Fica até difícil para mim, como leitor, contar mais sobre o que você pode encontrar nesse livro. Até porque, como sempre falo, um livro vai muito além de uma história. Nesse caso, a leitura de “O filho de mil homens” vale pela experiência, que nos deixa marcas – e também exige muitas marcações (haja post-its). Por isso, a recomendação é fácil e serve para qualquer um que quer um conhecer um pouco do ser humano, do que é ser humano.

E antes que me perguntem: acho que esse livro é uma boa opção para quem quer iniciar na obra de @valterhugomae !

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