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A busca por uma efetiva reconciliação entre pais e filhos é tratada na literatura há séculos. Para a ativista e poeta norte-americana, Maya Angelou, esse processo teve início muito cedo, aos 13 anos. Depois de problemas no casamento, Maya e seu irmão mais velho foram abandonados pela mãe quando os dois ainda eram muito pequenos. A infância foi vivida na casa da avó paterna, em um estado racista no sul dos Estados Unidos.

NOTA 9/10

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#DesafioBookster2020 | Fevereiro

#DesafioBookster2020
Mês: Fevereiro
Tema: Ficção histórica
Livro escolhido: “Eu, Tituba – bruxa negra de Salem”, de Maryse Condé

Vamos ao livro escolhido em fevereiro para o desafio Bookster 2020? Lembrando que se você não conhece o desafio ou quer começar a partir desse mês, corre lá no destaque dos stories chamado “Desafio2020”, que tem tudo explicado. 

O gênero literário do mês é a ficção histórica, que pode ser definido como uma obra que mescla aspectos históricos verídicos com ficção. Basicamente, o autor narra uma situação ficcional no passado, incorporando características reais daquele período. 

Apesar de ser um gênero bem comum, com diversos clássicos amplamente conhecidos, resolvi escolher um livro que chegou há pouco tempo no Brasil. Eu não o conhecia até receber no final de 2019 do @grupoeditorialrecord … e, logo quando vi a sinopse, fiquei muito interessado e com vontade de inclui-lo na lista de próximas leitura. 

Premiado com importantes prêmios literários, a obra da autora caribenha reconta o famoso caso dos julgamentos das bruxas de Salem, no final do século XVII, a partir da perspectiva de Tituba, uma personagem “silenciada por três séculos, devido à implacável historiografia racista”. Tituba era uma mulher negra, escravizada, originária de Barbados, e que passou a ser perseguida por uma histeria coletiva puritana, sendo acusada de bruxaria. E, por meio da ficção, a autora vai preenchendo as lacunas deixadas em nossa história.

Maryse Condé foi vencedora do The New Academy Prize in Literature, premiação criada como alternativa ao Nobel Prize de 2018, suspenso após a polêmica de abusos sexuais. A edição conta com prefácio de ninguém menos que Conceição Evaristo e com tradução premiada da Natalia Borges Polesso.

Quem aí vai me acompanhar na leitura? Para quem preferir outra escolha, seguem algumas indicações: “Kindrer”, de Octavia Butler; “Orgulho e preconceito”, de Jane Austen; “A mulher de pés descalços”, de Scholastique Mukasonga; “O tempo entre costuras”, de Maria Dueñas; e “A casa dos espíritos”, de Isabel Allende.

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