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Garota, mulher, outras – de Bernardine Evaristo | Resenha

Mulheres com diferentes histórias e que compartilham a raça. São mulheres negras que enfrentam as mais diferentes dificuldades. De jovens a senhoras. Problemas de relacionamento, sexualidade, medos, saudades e decepções. Mas, por outro lado, também tem emoção e felicidades.

NOTA 10/10

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Em agosto nos vemos, de Gabriel García Márquez  | Resenha

O aguardado romance póstumo do amado Gabo, um dos meus autores favoritos, já inicia com uma mensagem dos seus filhos aos leitores: Ao julgar o livro muito melhor do que lembrávamos, nos ocorreu outra possibilidade: de que o declínio de suas faculdades mentais, que não permitiu a Gabo terminar o livro, também o impediu de perceber como ele estava bem-feito.

NOTA 7,5/10

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NOTA 9/10

Rota 66, de Caco Barcellos | Resenha

Conhecido como um dos principais jornalistas brasileiros, nessa obra, Barcellos se aprofundou no perfil e nas estatísticas das mortes causadas por confrontos com policiais nas décadas de 70 e 80 em São Paulo. E quando digo se aprofundou é porque o autor fez uma pesquisa impressionante, que durou vários anos e que encontrou obstáculos na falta de transparência de informações para a população.

A denúncia tem como objetivo demonstrar que as vítimas da ROTA têm um perfil muito semelhante e recorrente na análise dos casos de morte pela polícia: o jovem negro e pobre das periferias de São Paulo. Para o autor, a imagem da polícia como instituição protetora naquela época só valia para uma determinada parcela privilegiada da população. Para os demais, o papel de protegido era substituído pelo papel de potencial vítima da respeitada “polícia que mata”.

Durante a leitura, fiquei impressionado com a coragem de Barcellos em desafiar e denunciar – sem qualquer restrição – os poderosos que controlavam o sistema policial do Estado de São Paulo. Mais especificamente a atuação da ROTA, conhecida unidade da Polícia Militar, na violenta e “eficaz” atuação contra o crime. A repercussão da obra na época da sua publicação foi tamanha que o autor precisou deixar o país com medo das ameaças que passou a receber.

Publicado em 1992, o livro-reportagem venceu o Prêmio Jabuti no ano seguinte e, apesar dos quase trinta anos desde o seu lançamento, a realidade exposta por Barcellos ainda continua muito atual. É uma leitura necessária, na medida em que nos apresenta um cenário que normalmente chega de forma distorcida para a população que não mora nas regiões periféricas dos grandes centros urbanos. Apesar da grande quantidade de dados e casos analisados, Barcellos consegue construir uma narrativa fluida e diversificada, sem deixar o leitor cansado com a repetição de uma mesma temática.

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Romance histórico, realismo mágico e narrativa acompanham as gerações de uma família. Essas são três características que me chamam bastante atenção em um livro. No caso de “A casa dos espíritos”, todas estão presentes! 

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