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A casa dos espíritos, de Isabel Allende | Resenha

Romance histórico, realismo mágico e narrativa acompanham as gerações de uma família. Essas são três características que me chamam bastante atenção em um livro. No caso de “A casa dos espíritos”, todas estão presentes!

Percorrendo grande parte do século XX, a escritora chilena constrói uma narrativa acompanhando três gerações de mulheres da família del Valle Trueba. A primeira delas, Clara, é a personagem central do livro e, na minha opinião, a mais marcante. A infância de Clara é marcada por acontecimentos trágicos e por uma peculiaridade: a garota tem poderes sobrenaturais: consegue pressentir os acontecimentos futuros, se comunicar com espíritos e mover objetos. Mas não pense que essa característica de Clara seja um aspecto tão relevante da obra. Na verdade, essas habilidades da personagem dão apenas um toque de fantasia e encantamento na história, sem conseguir distanciar o ambiente construído por Allende da realidade da sociedade chilena do início do século XX. Puro realismo mágico!

Em meio a imprevistos, Clara se casa com Esteban Trueba, um personagem com presença forte ao longo da obra. Trueba é a figura do conservador e da entidade patriarcal tão comum naquela época. Dessa união entre dois personagens tão diferentes nasce Blanca, que também herda um pouco da mágica da mãe. Blanca logo passa a fazer parte do rol de personagens bem construídos na obra. São tantos acontecimentos relevantes na vida de cada um que torna impossível a tarefa de resumir a história para vocês. O que posso contar, no entanto, é que por trás desses momentos narrativos tão bem contados encontramos diversas temáticas de reflexão. São os conflitos que se repetem ao longos das gerações.

Assim como Clara e Blanca, o leitor é apresentado a Alba, que inaugura a terceira geração de mulheres dessa família, mas o passar dos anos altera a realidade do Chile e, a partir de Alba, acompanhamos um momento histórico marcado por repressão e resistência. Como não podia deixar de ser, Alba também herda a magia e o protagonismo das mulheres tão fortes que a antecederam.
Uma das melhores leituras de 2019!

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