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10 minutos e 38 segundos neste mundo estranho, de Elif Şafak | Resenha

A premissa desse livro, da autora turca Elif Shafak, é incrível e afeta diretamente a estrutura da narrativa. A obra parte de um dado sobre o funcionamento do nosso corpo, com base em observações científicas: após o coração parar de bater, o nosso cérebro ainda apresentaria atividades por até 10 minutos e 38 segundos. E Elif Shafak se vale dessa informação para dar início a história de Leila Tequila, já que logo na primeira página nos deparamos com a informação que a protagonista teria sido assassinada.

NOTA 9/10

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Carta ao pai, de Franz Kafka | Resenha


Quais os impactos que uma relação conturbada entre com o pai pode trazer para a vida de um filho? A partir de uma longa carta escrita por Kafka ao seu pai, Hermann Kafka, em 1919, podemos concluir que as marcas são duradouras e complexas. O texto é muito potente e nos dá a sensação de mergulhar na intimidade de alguém, como se estivéssemos abrindo um diário que nunca deveria ter sido lido.

NOTA 9/10

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NOTA 5/10

Meu ano de descanso e relaxamento, de Ottessa Moshfegh | Resenha

Começar esse livro foi fácil, até porque tinha sido recomendado por dois leitores em quem confio muito. Mas a literatura não seria tão incrível se todo mundo tivesse a mesma opinião sobre determinado livro, não é mesmo? E, contrariando minhas expectativas, não tive uma experiência muito boa com essa leitura…

A premissa da narrativa de Moshfegh é bem atual e interessante: uma jovem e bem sucedida moradora de Nova York decide abrir mão de sua vida por um ano. Isso mesmo: a narradora quer ficar à base de fortíssimos remédios antidepressivos durante esse período, como se estivesse em um estado de hibernação. Os motivos para essa excêntrica decisão parecem até fazer sentido: cansou do mundo e das exigências que a sociedade faz para uma jovem dos anos 2000.

Na verdade, esse comportamento da personagem principal é uma crítica ácida ao padrão de busca por uma vida ideal e feliz, com um trabalho bem sucedido e com bons relacionamentos, mas que na verdade acaba se perdendo e sendo vítima de uma forte pressão social. É uma reflexão sobre as novas gerações e a frequente necessidade de recorrer aos medicamentos para conseguir se manter nesse ritmo.

O problema é que, na minha opinião, a autora acabou deixando essas reflexões muito em segundo plano – não sei se de forma proposital ou não -, focando muito no processo de tomar remédios e mais remédios. Com isso, a leitura ficou perdida e cansativa. Senti também falta de um maior aprofundamento na personagem e em seus questionamentos…. Os motivos para a decisão da personagem são apresentados no início, mas não foram desenvolvidos ao longo da obra. Por causa disso, os momentos de reflexão que as temáticas abordadas poderiam trazer ficaram muito escassos. Isso acabou até mesmo dificultando que eu sentisse uma maior empatia pela narradora. Os demais personagens, principalmente a amiga da narradora, são até melhor construídos, na minha opinião.

Por outro lado, os pontos positivos são a fluidez da escrita, as passagens repletas de um humor inteligente e a desconstrução de alguns estereótipos sobre saúde mental.
Gatilho: depressão

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Germinal, de Émile Zola | Resenha

Confesso que essa foi uma leitura que comecei sem saber muito o que esperar… E para a minha felicidade, entrou para a lista de melhores do ano (e lá no topo)! “Germinal” é um clássico da literatura mundial e foi uma das obras responsáveis por inaugurar o naturalismo...

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A vida invisível de Eurídice Gusmão, de Martha Batalha – Resenha

A obra da autora brasileira Martha Batalha originou o filme “A vida invisível”, escolhido recentemente para disputar uma vaga pelo Brasil na categoria de filme internacional do Oscar de 2020.

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