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O pavilhão dourado, de Yukio Mishima | Resenha

O ritmo acelerado que vivemos ultimamente vem colocando a pausa e o silêncio como grandes - e incômodos - inimigos. E foi na contramão desse fenômeno que a leitura de um dos principais autores japoneses do século passado atingiu os leitores do meu clube do livro, o Bookster pelo Mundo. Uma obra escrita em 1956, em uma sociedade completamente distinta da nossa e que tinha como protagonista um monge de um templo budista zen, acabou se tornando uma leitura desafiadora - e, para mim, uma experiência muito marcante.

NOTA 7,5/10

DIVERSOS

Homem comum, de Philip Roth | Resenha

É comum encontrarmos na literatura a descrição de acontecimentos extraordinários e vidas marcadas por grandes momentos. No entanto, há grandes autores com a habilidade de construir histórias memoráveis sobre vidas comuns, rotinas insossas e partidas sem legados. Já li diferentes obras com essa abordagem e, quando bem feita, consegue me impactar de uma forma única.

NOTA 9/10

DIVERSOS

NOTA 9,5/10

Olhos d’água, de Conceição Evaristo | Resenha

Qual a porcentagem de livros escritos por mulheres na lista da suas últimas leituras? Qual foi a última obra nacional que você leu? E a última escrita por alguma autora ou autor negro? Hoje eu presto muita atenção na hora de escolher minhas leituras. Tento fazer minha parte para garantir uma diversidade e representatividade dos autores e das temáticas lidas. Comece a prestar atenção nisso também!
De origem periférica e pobre, Conceição Evaristo é mestre e doutora em Literatura e, na minha opinião (e de muita gente), é um dos principais nomes da literatura contemporânea nacional. Mas, acima de tudo, Conceição Evaristo é um símbolo de representatividade na literatura. É porta-voz de questões sociais que, apesar de serem muito presentes no dia a dia das classes menos privilegiadas, são pouco faladas e, menos ainda, compreendidas. Quando me perguntam qual o principal benefício da leitura, eu não tenho dúvidas na hora de responder: com os livros eu consigo me colocar no lugar do outro; enxergar problemas e situações a partir da perspectiva de alguém que vive em circunstâncias completamente diferentes das minhas. Aprendo a respeitar o diferente, ser mais empático e ter mais compaixão.
A leitura de “Olhos d’água” confirmou mais uma vez essa minha opinião. Essa coletânea de contos me despertou reflexões sobre a condição do ser humano, sobre as tristezas diárias que passam despercebidas ao nosso redor. Conceição Evaristo consegue transmitir ao leitor de forma sensível e perfurante a realidade do ser humano silenciado. “Estão presentes mães, muitas mães. E também filhas, avós, amantes, homens e mulheres” em sua condição mais vulnerável.

Com contos curtos, a autora também revela um domínio incrível sobre as emoções e as dificuldades presentes na miséria e marginalização. A escrita também se destaca pela sua oralidade e crueza, servindo como uma ferramenta mais eficaz para atingir a nós leitores. Uma leitura que não apenas recomendo, mas que entendo ser necessária!

Quero saber, alguém já leu?

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