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DIVERSOS

O animal social, de Elliot Aronson | Resenha

Não é segredo que sou fã de ficção e que a maioria das minhas leituras está inserida nesse gênero. Mas a verdade é que frequentemente sou surpreendido - de forma positiva - quando me aventuro em obras mais técnicas e que buscam aproximar o leitor de temas relevantes. E foi esse o caso de “O animal social”, uma referência na área da psicologia social, publicado em 1972.

NOTA 9/10

DIVERSOS

O vício dos livros, de Afonso Cruz | Resenha

Livros sobre livros me encantam - talvez isso explique o motivo de eu ter escrito um. Gosto muito de entender como a literatura é uma experiência individual e como os livros desempenham diferentes papéis na vida de um leitor. Quando soube que o autor português tinha uma coletânea de textos sobre o tema, logo coloquei “O vício dos livros” na minha lista de próximas leituras. O título já gerou uma identificação imediata: assim como Afonso Cruz, eu também dependo da literatura para conseguir estar no meu estado de “normalidade” (entre muitas aspas).

NOTA 7,5/10

LIVROS

NOTA 10/10

Ciranda de pedra, Lygia Fagundes Telles

Sensibilidade. Se eu tivesse que definir essa obra de Lygia Fagundes Telles em apenas uma palavra, seria sensibilidade. Em “Ciranda de pedra”, a autora conseguiu narrar o drama de uma família desestruturada a partir da visão de uma criança, Virgínia, de uma forma extremamente humana, que envolve e toca o leitor.

Filha caçula de um casal separado, Virgínia precisa desde criança conviver com a loucura da mãe, a falta da afeto do pai e o isolamento por parte de suas duas irmãs mais velhas. Após um episódio de traição, a protagonista passa a viver com a mãe e seu amante, enquanto suas irmãs ficam morando com o pai. Virgínia é constantemente excluída pelas irmãs e passa a sua infância buscando uma certa aceitação.
A obra é dividida em duas partes. Na primeira, Virgínia é ainda criança e tem um olhar infantil e imaturo – mas repleto de emoções – sobre os problemas que vive. Já na segunda parte, o leitor acompanha a personagem no final da adolescência, com ideias e reflexões mais complexas sobre os impactos que esses problemas enfrentados na infância surtiram, e continua surtindo, em sua juventude. Ou seja, é um romance sobre o amadurecimento em um ambiente caótico, conflituoso, mas que não é nem um pouco irreal.
É impressionante a capacidade da autora, já em seu primeiro romance, de colocar um drama familiar no papel tão humano, sem tornar a trama exagerada ou pouco provável. Apesar de sua extrema sensibilidade, os diálogos também são muito bem construídos e dão fluidez ao texto.
Uma excelente obra escrita por uma autora nacional e que deve ser muito valorizada! Pronto e animado para conhecer mais do trabalho de Lygia Fagundes Telles…
Trecho da obra:
“Não há gente completamente boa nem gente completamente má, está tudo misturado e a separação é impossível. O mal está no próprio gênero humano, ninguém presta. Às vezes a gente melhora. Mas passa.” 

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NOTA 09/10

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#DesafioBookster2018 – Julho

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