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De onde eles vêm, de Jeferson Tenório | Resenha

Radicado em Porto Alegra, Jeferson Tenório é, hoje, um dos exemplos do alcance que a literatura nacional contemporânea vem atingindo. O sucesso “O avesso da pele”, vencedor do Prêmio Jabuti, vendeu milhares de cópias no Brasil - e fora dele -, confirmando a importância de valorizamos o que vem sendo produzido pelos nossos autores.

NOTA 9/10

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Narciso e Goldmund, de Hermann Hesse | Resenha

O vencedor do Nobel de 1946 tem uma extensa produção literária e, em seus romances, abordar questões filosóficas e existenciais. “Sidarta”, “O lobo da estepe” e “Demian” são alguns dos que li e que me despertaram o interesse no autor. Com “Narciso e Goldmund”, que estava esgotada há anos no Brasil, o autor repete a sua forma de escrever e cria uma narrativa sobre dois amigos, repleta de boas reflexões. É um romance sobre opostos.

NOTA 8,5/10

LIVROS

NOTA 09/10

A humilhação, Philip Roth

Como costuma acontecer após a morte de um autor renomado, Roth ganhou um maior destaque na mídia e no mercado editorial, deixando clara a sua inegável contribuição para a literatura mundial. Como nunca havia lido nada do autor, acabei sendo fisgado pelas recentes matérias que abordaram sobre a genialidade do autor. Então, peguei um livro que já tinha comprado há algum tempo, sem muito saber o que eu encontrar. Na verdade, até recebi comentários de seguidores dizendo que “Humilhação” seria considerada como uma dos livros mais fracos de Roth. Mesmo assim, segui em frente!

Na obra, o leitor se depara com Simon Axler, um ator renomado que, aos 65 anos, sofre uma crise “existencial”: o protagonista passa a se ver impossibilitado de atuar, não acredita mais em sua capacidade. O público não reconhece mais o seu sucesso e, extremamente inseguro, o personagem começa a recusar as propostas de retorno aos palcos. Para piorar, sua mulher resolve deixá-lo. Nesse ponto, Axler chega no seu limite e acredita que o próximo passo seria o suicídio. Decide, portanto, se internar em uma clínica psiquiátrica, para evitar uma tragédia fatal.

A partir daí, a sua vida muda completamente. Se apaixona por uma jovem homossexual, filha de um casal de amigos. Se vê obcecado pelo desejo sexual insaciável. Suas condutas o tornam irreconhecível. Talvez não passem de uma reação automática ao vazio existencial por ele sentido, como se buscasse algo que pudesse preenchê-lo. Mas será isso o suficiente?

Fiquei impressionado como em um livro tão curto um personagem consegue sofrer tantas mudanças, de forma natural e gradativa. Roth demonstra uma incrível capacidade de construir o seu personagem. Apesar de não ser um livro marcante, a leitura foi muito (mesmo!) interessante e prazerosa! Se esse é um dos mais fracos de Roth, fico ansioso pelo que vou encontrar em suas obras mais faladas.

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“Quando você representa o papel de uma pessoa que está entrando em parafuso, a coisa tem organização e ordem; quando você observa a si próprio entrando em parafuso, desempenhando o papel de sua própria queda, aí a história é outra, uma história de terror e medo.”

 

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