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Quem matou meu pai, de Édouard Louis | Resenha

Um manifesto literário e íntimo. Com menos de 100 paginas, Édouard Louis constrói um texto híbrido, que combina críticas sociais à desigualdade e à sociedade opressora em que vivemos, com suas memórias, em especial a sua conturbada relação com seu pai, que não aceitava um filho gay. Se a autoaceitação de uma pessoa da comunidade LGBTQIA+ já é um processo difícil e dolorido, enfrentar esses medos com a repulsa familiar é uma tarefa muito mais sofrida.

NOTA 9/10

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Uma história desagradável, de Fiódor Dostoiévski | Resenha

Diferentemente do seus romances mais densos, que se aprofundam nos conflitos e angústias dos personagens, “Uma história desagradável” é uma obra curta e que revela um Dostoiévski mais cômico e menos psicológico. E o que começa com uma premissa bem humorada, acaba levando para um desenvolvimento desagradável - para não dizer caótico.

NOTA 9/10

LIVROS

NOTA 6/10

O sol na cabeça, Geovani Martins

Quando comecei a ler o livro, já estava ciente do hype que a mídia vinha criando sobre ele, até por trazer uma temática de representatividade muito relevante no momento atual. Então, como alguns hypes costumam decepcionar, fui sem muitas expectativas… Logo no começo, o leitor já se depara com uma escrita original, que foge daquele português padrão que estamos acostumados a encontrar. Geovani usa e abusa da oralidade, se valendo de gírias e palavrões, sem se preocupar com regras gramaticais padrão. E, na minha opinião, esse foi um dos pontos altos da obra, dando um ritmo inovador à leitura.
No entanto, as histórias em si não me cativaram. Apesar de abordar temas necessários, como a marginalização dos mais pobres, a violência nas favelas e a presença constante das drogas na vida desses jovens, encontrei ao longo da leitura contos superficiais e histórias meio batidas, que não conseguiram me prender. Lógico que como em qualquer coletânea, há aqueles contos que você gosta mais e outros que você gosta menos. No caso, embora não tenham chegado a me surpreender, os meus contos preferidos foram “Rolézim” e “Espiral”, uma vez que eles conseguem fazer uma incursão com o leitor no quotidiano das favelas – algo que eu esperava encontrar nos demais contos. Mas é possível perceber o grande potencial do autor e, por ser um livro de estreia, ainda tem muita coisa boa por vir! Sem falar do quanto precisamos desse tipo de literatura de representatividade em nosso país! Obrigado @companhiadasletras pelo envio do livro!
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“É tudo muito próximo e muito distante. E, quanto mais crescemos, maiores se tornam os muros.” (Espiral)

 

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