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Relato de um náufrago, de Gabriel García Márquez | Resenha

Publicada em vários capítulos no Jornal El Espectador, em 1955, “Relato de um náufrago” é uma das primeiras obras escritas por Gabriel García Márquez e nos apresenta um texto jornalístico, que causou fortes impactos na sociedade da época. A narrativa traz em detalhes os 10 dias de Velasco, um marinheiro que é arremessado, junto com outros colegas, de um navio durante uma tempestade em fevereiro de 1955. Velasco foi o único sobrevivente da tragédia e ficou à deriva sozinho em uma pequena balsa por 10 dias até ser encontrado em condições extremas.

NOTA 9/10

DIVERSOS

O retorno, de Dulce Maria Cardoso | Resenha

A literatura portuguesa já conquistou meu coração de leitora há anos, com várias obras entrando para a minha lista de favoritas da vida. O que sempre me incomodou, confesso, era a pouca presença de autoras mulheres nas minhas leituras. O Retorno, de Dulce Maria Cardoso, estava na minha estante há tempos - e fico muito feliz de finalmente ter dado uma chance a ele. Fui imediatamente envolvido pela narrativa e pela força da temática.

NOTA 9/10

CLÁSSICOS, FICÇÃO, NÃO FICÇÃO

NOTA 10/10

Orlando: uma biografia, Virginia Woolf

A sinopse da obra já chama muito a atenção do leitor: uma biografia ficcional de um indivíduo que vive por cerca de 300 anos (séc. XVI-XX), mas envelhece pouco mais de 30. E mais que isso, durante esse longo período, o protagonista passa de um jovem membro da aristocracia elisabetana a uma mulher moderna do século XX. Em um dia, quando Orlando tinha 30 anos, dormiu durante uma semana e acordou mulher. É um livro que aborda as transformações do indivíduo visto como um ser humano, independente de questões envolvendo as diferenças de sexo ou gênero. Um dos pontos mais interessantes na obra é a contradição de sentimentos entre os vários Orlandos – que na verdade é um só – que vão sendo apresentados. Quando Orlando ainda era um homem, tinha uma visão bem machista, principalmente em relação ao papel da mulher na sociedade. No entanto, já na pele de uma jovem mulher, acaba questionando muitos das opiniões que tinha. Para uma obra escrita na década de 1920, já é possível imaginar a coragem da autora – que ainda por cima era mulher – para abordar temas tão polêmicos. E, para melhorar, a escrita de Woolf é muito boa, ela realmente dominava essa arte.

Também gostei muito de como a autora brinca com o ofício de escrever uma biografia. Isso porque, o narrador – no caso o biógrafo fictício, cujo nome também é Orlando – dialoga em diversos momentos com o leitor sobre os passos de escrever uma biografia, sempre com toques de ironia e humor.

Ou seja, é um livro genial… muito diferente, interessante e extremamente bem escrito, mas que demanda uma maior atenção e paciência do leitor (não se desanime se no começo você achar que não está entendendo tudo… aos poucos se acostuma). Recomendo muito!

Dica: Leia os textos de apoio que vêm nas edições. Indico muito essa edição da @autêntica, já que ela possui ótimo prefácio, imagens originais notas e um sumário no final do livro que ajuda muito a se ambientar no “tempo” criado pela autora.

Se você gostou, compre o livro clicando no link e ajude a página a se manter: https://amzn.to/2Lc8ssS

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