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A busca por uma efetiva reconciliação entre pais e filhos é tratada na literatura há séculos. Para a ativista e poeta norte-americana, Maya Angelou, esse processo teve início muito cedo, aos 13 anos. Depois de problemas no casamento, Maya e seu irmão mais velho foram abandonados pela mãe quando os dois ainda eram muito pequenos. A infância foi vivida na casa da avó paterna, em um estado racista no sul dos Estados Unidos.

NOTA 9/10

LIVROS

NOTA 10/10

Augustus, John Williams

O autor busca recontar a história de Augusto, fundador do Império Romano, a partir de cartas e fragmentos de diários que, embora com conteúdo fictício, tem autoria de personagens históricos reais. Já falei diversas vezes aqui como eu gosto de romance histórico, principalmente quando envolve períodos mais antigos. No entanto, o que diferencia esse livro dos demais é justamente a estrutura sobre a qual foi construído. O autor soube usar muito bem a troca de correspondências entre os personagens para contar uma história tão rica, como a de Augusto, e repleta de intrigas políticas, sociais e familiares.
A autoria dessas correspondências varia muito, passando pelo próprio Augusto e pessoas próximas do Imperador a cidadãos comuns e escravos. Assim, o leitor consegue perceber a diferença entre as opiniões que cada pessoa tinha sobre o Imperador, a depender de sua posição social ou interesse político. É a construção de um personagem histórico a partir de diversos pontos de vista .
Também gostei muito da forma com que Augustus, em alguns momentos, é apresentado como um ser humano qualquer. Ou seja, a despeito de se tratar da história de um Imperador – que, naquela época, era comparado a um deus -, o autor consegue mostrar que Augusto tinha fraquezas, dúvidas e anseios. Li esse livro no original no final do ano passado, mas como fiquei sabendo que a @radio.londres ia publicar a edição no Brasil só em 2018, resolvi esperar para postar a resenha. Recomendo muito! .
.
. “Estou convencido de que, na vida de todo homem, cedo ou tarde, chega o momento em que ele toma consciência, mais claramente que nunca, e independentemente do que ele consegue admitir, da terrível realidade da sua condição; do fato que ele está sozinho, e separado dos outros; e que ele apenas pode ser a miserável criatura que ele é.”

 

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O sol na cabeça, Geovani Martins

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