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A busca por uma efetiva reconciliação entre pais e filhos é tratada na literatura há séculos. Para a ativista e poeta norte-americana, Maya Angelou, esse processo teve início muito cedo, aos 13 anos. Depois de problemas no casamento, Maya e seu irmão mais velho foram abandonados pela mãe quando os dois ainda eram muito pequenos. A infância foi vivida na casa da avó paterna, em um estado racista no sul dos Estados Unidos.

NOTA 9/10

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Camus é autor de um dos meus livros preferidos: “O estrangeiro”. Apesar disso, ainda não havia lido nenhum outro livro seu – talvez pelo medo de ficar decepcionado por já ter lido o melhor! Mas para resolver isso, coloquei “A queda” na lista dos 10 livros que com certeza leria em 2019… E já foi logo o primeiro a ser lido!
Em “A queda”, Camus vai abordar aspectos da condição humana a partir de uma perspectiva individual, de autocrítica. A obra é construída na forma de um monólogo, em que o narrador, um advogado francês, passa a fazer uma análise da condição humana e da própria existência, tendo inclusive se autodenominado “juiz penitente”. Ele é um profissional bem-sucedido, mas que vê a sua vida mudar depois de testemunhar uma mulher se jogando no rio Sena, sem ter feito nada para tentar salvá-la. O enredo é bem simples e boa parte da leitura envolve os conflitos internos do personagem, tornando bem difícil a tarefa de fazer uma resenha sobre o livro.
Logo no início da obra, o narrador conhece um indivíduo em um bar em Amsterdam e inicia um diálogo. Contudo, em nenhum momento temos contato com as falas do interlocutor. Escutamos apenas as falas e pensamentos do “juiz penitente”, que acusa, ao mesmo tempo que confessa. Julga a natureza do ser humano, mas acaba denunciando a si próprio. E o desenrolar da obra segue com os diálogos entre os dois personagens em diferentes locais e momentos.
Camus, que além de escritor era filósofo, fez de “A queda” uma obra densa e extremamente reflexiva. O leitor se depara constantemente com os pensamentos sarcásticos e amargurados do narrador. É uma forte carga psicológica, que me fez lembrar bastante de alguns romances de Dostoiévski.
Não recomendaria como uma obra para conhecer seu trabalho, mas é um excelente livro e que confirma a genialidade de Camus! O próximo que pretendo ler do autor é “A peste”… e você, já leu algum livro de Camus?

Trecho:  “Quando deixava um cego sobre a calçada onde eu o tinha ajudado a aterrisar, saudava-o. Evidentemente, esse cumprimento não lhe era destinado, ele não o podia ver. A quem, pois, se dirigia? Ao público.”

Editora: Record

Ano de publicação: 2018

Número de páginas:  160

Link de compra: https://amzn.to/2MLFdy9

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ANNA HELENA ALMEIDA disse:

eu adorei ler esse livro qdo estava na faculdade

bookster disse:

Que bom Anna Helena!
Obrigado

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