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De onde eles vêm, de Jeferson Tenório | Resenha

Radicado em Porto Alegra, Jeferson Tenório é, hoje, um dos exemplos do alcance que a literatura nacional contemporânea vem atingindo. O sucesso “O avesso da pele”, vencedor do Prêmio Jabuti, vendeu milhares de cópias no Brasil - e fora dele -, confirmando a importância de valorizamos o que vem sendo produzido pelos nossos autores.

NOTA 9/10

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Narciso e Goldmund, de Hermann Hesse | Resenha

O vencedor do Nobel de 1946 tem uma extensa produção literária e, em seus romances, abordar questões filosóficas e existenciais. “Sidarta”, “O lobo da estepe” e “Demian” são alguns dos que li e que me despertaram o interesse no autor. Com “Narciso e Goldmund”, que estava esgotada há anos no Brasil, o autor repete a sua forma de escrever e cria uma narrativa sobre dois amigos, repleta de boas reflexões. É um romance sobre opostos.

NOTA 8,5/10

CLÁSSICOS, FICÇÃO, LIVROS

NOTA 8,5/10

Um jogador, Fiódor Dostoiévski | Resenha

A literatura russa consegue ser uma caixinha de boas surpresas! “Um jogador” é uma novela de Dostoiévski que já estava na minha lista há um tempo, já que era frequentemente indicada como uma obra que trazia humor junto da habilidade de escrita do autor. E é isso que ele entrega: uma boa história, sem deixar de lado a sua interessante análise sobre o psicológico dos personagens.

A obra se passa em Roletemburgo, uma cidade fictícia que se assemelha a uma pequena cidade alemã (confesso que pesquisei o nome da cidade para descobrir onde ficava). O protagonista é Aleksei Ivanovitch, um jovem russo que trabalha como professor e que esconde um vício em jogos e cassino. A trama vai se desenrolando nessa pequena cidade acompanhando a relação de Aleksei com personagens de diferentes nacionalidades (russos, alemães, franceses, ingleses), mas que compartilham um interesse em comum: o dinheiro. Na verdade, o dinheiro é o que conduz a vida dos que habitam Roletemburgo.

Para mim, o início da leitura foi um pouco lento e confuso, com tantos nomes de personagens. No entanto, aos poucos, a narrativa foi me prendendo e passei a sentir a aflição do personagem principal e daqueles que iam perdendo dinheiro – e toda a paz – no cassino. Também não há como negar que Dostoiévski conseguiu me arrancar boas risadas (minha personagem favorita foi a avó)!

É interessante mencionar que a novela foi escrita em um curto espaço de tempo, quando o autor estava afundando em dívidas e com a obrigação de entregar um novo livro para seu editor o quanto antes. Talvez toda essa atmosfera de pressão e desespero justifique uma obra que fuja um pouco da escrita e temática do autor. Inclusive, o próprio Dostoiévski também era um frequentador de cassinos, o que contribuiu para as suas dívidas.

Esta é uma ótima leitura e que pode ser uma opção para quem quer iniciar nas obras do autor russo!

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