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DIVERSOS

Angústia, de Graciliano Ramos | Resenha

Graciliano tem uma habilidade admirável de criar personagens com densidade psicológica, quase como se pudessem sair andando pelas páginas. Em “Angústia”, talvez o autor tenha conseguido criar o mais real deles, Luís Pereira da Silva, e isso justifica o título da obra, já que o leitor realmente compartilha esse sentimento atormentador com o protagonista.

NOTA 9/10

DIVERSOS

Amanhã tardará, de Pedro Jucá | Resenha

Em seu romance de estreia, o jovem autor brasileiro nos apresenta uma história forte sobre traumas, relações familiares e sexualidade. E tudo isso a partir de um retorno, da busca às origens: Marcelo, o protagonista, volta a sua cidade natal por conta da doença que acomete seu pai e se depara com resquícios - extremamente doloridos - de um passado conturbado.

NOTA 8,5/10

LIVROS, NÃO FICÇÃO

NOTA 8/10

O encantador de pessoas, de Liv Soban | Resenha

Como lidar com a perda de alguém que amamos muito? A saudade é sempre inevitável e a tristeza vai mudando de formas ao longo do tempo. Quem perde alguém querido tenta de diferentes formas amenizar a dor e, quando pensamos em livros, é comum conhecer pessoas que buscam nas palavras escritas uma tentativa de dar voz ao próprio luto.

E é justamente essa a experiencia de Liv Soban, que nunca havia pensado em escrever um livro autobiográfico até vivenciar a triste perda de seu pai, carinhosamente chamado de Baboo. A partir disso, Liv sente a vontade de compartilhar com outros leitores as tão valiosas memórias que tem com seu pai. Mas, além desses bons momentos, a escrita também serve para dividir com o leitor a dificuldade de encarar uma doença que vai levando embora cada vez mais do paciente e os dias tão difíceis que antecedem o dia da morte.

E o que mais gostei da experiência de ler as memórias de Liv foi perceber como a autora consegue tratar de momentos tão difíceis de uma forma leve a emocionante. Não é um livro triste, mas sim um livro sensível e que acaba envolvendo o leitor na bela relação de um pai e de uma filha. A escrita é simples, mas consegue transmitir emoções para quem a lê! Recomendo para quem passou por alguma perda não tão recente ou deseja conhecer uma bela história!

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FICÇÃO, LIVROS

A palavra que resta, de Stênio Gardel | Resenha

A leitura de “A palavra que resta” apenas me confirma o quanto a literatura é capaz de promover uma identificação do leitor com as histórias dos personagens. Apesar das imensas diferenças entre a minha vida e a de Raimundo, nascido na roça, em uma família pobre e sem nunca ter frequentado uma escola, conseguimos nos identificar cada vez mais à medida que nos aproximamos dos sentimentos e dos conflitos interiores.

NOTA

FICÇÃO, LIVROS

Seminário dos ratos, de Lygia Fagundes Telles | Resenha

Quando me perguntam quais os meus autores nacionais favoritos, Lygia Fagundes Telles com certeza está no topo da lista. Apesar de ter escrito uma extensa variedade de contos, até esse ano eu só havia lido seus romances. E não porque são mais bem recomendados, mas talvez porque não sou uma pessoa tão fã desse gênero literário (acho que prefiro histórias mais longas, em que tenho tempo para me apegar aos personagens e à narrativa).

NOTA 9/10