Veja também

DIVERSOS

O animal social, de Elliot Aronson | Resenha

Não é segredo que sou fã de ficção e que a maioria das minhas leituras está inserida nesse gênero. Mas a verdade é que frequentemente sou surpreendido - de forma positiva - quando me aventuro em obras mais técnicas e que buscam aproximar o leitor de temas relevantes. E foi esse o caso de “O animal social”, uma referência na área da psicologia social, publicado em 1972.

NOTA 9/10

DIVERSOS

O vício dos livros, de Afonso Cruz | Resenha

Livros sobre livros me encantam - talvez isso explique o motivo de eu ter escrito um. Gosto muito de entender como a literatura é uma experiência individual e como os livros desempenham diferentes papéis na vida de um leitor. Quando soube que o autor português tinha uma coletânea de textos sobre o tema, logo coloquei “O vício dos livros” na minha lista de próximas leituras. O título já gerou uma identificação imediata: assim como Afonso Cruz, eu também dependo da literatura para conseguir estar no meu estado de “normalidade” (entre muitas aspas).

NOTA 7,5/10

LIVROS, NÃO FICÇÃO

NOTA

Talvez você deva conversar com alguém, de Lori Gottlieb | Resenha

Se você leu o título do livro e achou que essa é mais uma obra que segue aquela antiga fórmula de autoajuda, com diversos exemplos e repetidas frases de efeito, você está totalmente enganado.

A psicoterapeuta norte-americana conseguiu criar um fenômeno de vendas ao trazer para o leitor a sua experiência real com conflitos e angústias universais do ser humano, tanto do ponto de vista do psicoterapeuta, como daquele que senta do outro lado do divã, o paciente. Como a própria autora confessa, “de todas as minhas credenciais como terapeuta, a mais significativa é eu ser membro de carteirinha da raça humana”.

Talvez, uma das características que mais conseguem aproximar o leitor da narrativa é a humanidade no relato de Lori. A autora nos conta a história de quatro pacientes, com diferentes questões que os afligem, e a sua própria experiência diante de cenários de vulnerabilidade e desamparo. Ao longo da leitura, me identifiquei com diversas passagens e questionamentos abordados pela autora e, sem qualquer dúvida, acho difícil algum leitor passar imune a essa identificação.

É legal dizer que, apesar de eu fazer análise há algum tempo, sei que o trabalho de Lori também pode ajudar muito a desmistificar velhas ideias sobre a terapia, que, ainda hoje, é vista como um tabu por muitas pessoas. Esse livro pode ser um bom início de um processo de autoconhecimento, em que a autora não busca trazer respostas para nossos problemas, mas sim despertar a nossa reflexão sobre as situações que vivemos. Como eu sempre falo, enxergar diferentes problemáticas a partir da perspectiva do outro passa, necessariamente, por uma autoanálise – ainda que não proposital.

A escrita também é muito convidativa, com referências acessíveis a teorias e a grandes nomes da Psicologia, permitindo uma leitura agradável, mas que não dá a sensação de ser uma abordagem superficial. Para o que a obra propõe, a minha experiência merece nota máxima.

Deixe seu comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Campos obrigatórios são marcados*.

Nome*:

Email*:

Comentário*

Veja também

FICÇÃO, LIVROS

A mão esquerda da escuridão, de Ursula K. Le Guin | Resenha

 A premissa desse livro é muito interessante, sobretudo quando consideramos as temáticas por ele abordadas e a época em que foi lançado, em 1969.

NOTA

LIVROS, NÃO FICÇÃO

As bruxas da noite, de Ritanna Armeni | Resenha

Publicado em 2018 por uma jornalista italiana, a obra chegou ano passado aqui no Brasil, mas não tinha visto ninguém falar sobre ela ainda… Acabei descobrindo a obra por acaso, em pesquisas na internet para o Desafio Bookster. E que boa surpresa, sobretudo porque gosto dos livros jornalísticos que têm uma narrativa mais romanceadas, e menos informacional, exatamente como é o caso de “As bruxas da noite”. ⁣

NOTA 9/10