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Garota, mulher, outras – de Bernardine Evaristo | Resenha

Mulheres com diferentes histórias e que compartilham a raça. São mulheres negras que enfrentam as mais diferentes dificuldades. De jovens a senhoras. Problemas de relacionamento, sexualidade, medos, saudades e decepções. Mas, por outro lado, também tem emoção e felicidades.

NOTA 10/10

DIVERSOS

Em agosto nos vemos, de Gabriel García Márquez  | Resenha

O aguardado romance póstumo do amado Gabo, um dos meus autores favoritos, já inicia com uma mensagem dos seus filhos aos leitores: Ao julgar o livro muito melhor do que lembrávamos, nos ocorreu outra possibilidade: de que o declínio de suas faculdades mentais, que não permitiu a Gabo terminar o livro, também o impediu de perceber como ele estava bem-feito.

NOTA 7,5/10

FICÇÃO

NOTA 7,5/10

O complexo de Portnoy, de Philip Roth | Resenha

Polêmica. A leitura de uma das obras mais conhecidas de Philip Roth deixa nítida a intenção do autor em causar um incômodo no leitor, se valendo da temática da masturbação e dos conflitos familiares como objeto central das angústias e insatisfações do personagem principal. E se isso causa um pouco de estranheza hoje em dia, é difícil imaginar o impacto que teve na sua publicação, ocorrida em 1969.

O livro é construído a partir dos pensamentos e diálogos de um bem-sucedido advogado de Nova York com o seu psicanalista. Revivendo passagens de sua infância e juventude em uma família tradicional judia, Alex Portnoy vai tentando identificar quais as origens de seus “problemas”. É uma enxurrada de reclamações do paciente sobre a relação extremamente protetiva e asfixiante com sua mãe, em paralelo com sua fase de formação sexual e de descoberta do próprio corpo… uma verdadeira fixação do personagem principal com esses temas, que fazem dele um narrador bem “chato”. Além disso, os questionamentos envolvendo a religião de Alex Portnoy também aparecem com bastante frequência na leitura.

E a forma como Roth apresenta o fluxo de pensamentos do personagem é carregada de um humor ácido e satírico. A escrita não tem muito filtro e o autor não se preocupa em agradar o velho – e ultrapassado – conceito da “moral e bons costumes”. Mas, por outro lado, o comportamento de Alex Portnoy extrapola limites e se choca com machismo e racismo.

Apesar de enfrentar temas polêmicos e tabus de forma cômica e inteligente, achei a leitura um pouco cansativa. O livro parecer ir e vir sem muito destino. Essa pode até ter sido a intenção do autor, criar uma narrativa não linear, mas para mim acabou não funcionando muito bem. Não cheguei a cogitar abandonar a leitura, apesar de arrastada, e terminei o livro com vontade de ler outras obras do autor. Até então, só havia lido “A humilhação”, que posso dizer que me agradou mais do que “O complexo de Portnoy”.

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NOTA 9,5/10