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10 minutos e 38 segundos neste mundo estranho, de Elif Şafak | Resenha

A premissa desse livro, da autora turca Elif Shafak, é incrível e afeta diretamente a estrutura da narrativa. A obra parte de um dado sobre o funcionamento do nosso corpo, com base em observações científicas: após o coração parar de bater, o nosso cérebro ainda apresentaria atividades por até 10 minutos e 38 segundos. E Elif Shafak se vale dessa informação para dar início a história de Leila Tequila, já que logo na primeira página nos deparamos com a informação que a protagonista teria sido assassinada.

NOTA 9/10

DIVERSOS

Carta ao pai, de Franz Kafka | Resenha


Quais os impactos que uma relação conturbada entre com o pai pode trazer para a vida de um filho? A partir de uma longa carta escrita por Kafka ao seu pai, Hermann Kafka, em 1919, podemos concluir que as marcas são duradouras e complexas. O texto é muito potente e nos dá a sensação de mergulhar na intimidade de alguém, como se estivéssemos abrindo um diário que nunca deveria ter sido lido.

NOTA 9/10

DIVERSOS

NOTA 8/10

Léxico familiar, de Natalia Ginzburg | Resenha

Hoje em dia, quando se fala em escritora italiana, logo pensamos no sucesso Elena Ferrante. No entanto, a voz feminina na literatura italiana começou muito antes, com as obras de Natalia Ginzburg – e que, já aviso, não se assemelham com a forma de narrar histórias de Ferrante. “Léxico familiar” é um dos livros mais conhecidos da autora e foi a minha escolha para o mês de dezembro do #DesafioBookster2019, em que o tema era relações familiares.

E, como o título já indica, esse livro traz uma teia de afetos, encontros e separações entre os familiares de Ginzburg e aqueles cujas vidas de alguma forma passaram por essa família. Confesso que para um tema de relações familiares, dificilmente poderia ter feito uma escolha muito melhor. De fato, o leitor é convidado a participar, por meio das memórias de Ginzburg, do convívio íntimo de sua família – uma tradicional família judia italiana. São histórias das mais corriqueiras, até fatos que marcaram de forma permanente o destino das pessoas que estavam à sua volta. São histórias que revelam o caráter universal de um léxico familiar, por mais diverso que ele seja. Um livro publicado em 1963, mas que dificilmente ficará ultrapassado.

Além disso, apesar de a obra ser ambientada em um momento de “criação de leis raciais na Europa”, como indica a sinopse, esse é um tema que fica realmente em um segundo plano. As angústias e o sofrimento pela discriminação não são foco das lembranças da autora. Não espere encontrar uma obra com altos e baixos. “Léxico familiar” talvez não tenha sido escrito para prender a atenção, mas para ser aproveitado aos poucos, na medida em que vamos conseguindo nos aproximar mais dessa rede de memórias e nos sentirmos parte dessa família.

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