Veja também

DIVERSOS

Quem matou meu pai, de Édouard Louis | Resenha

Um manifesto literário e íntimo. Com menos de 100 paginas, Édouard Louis constrói um texto híbrido, que combina críticas sociais à desigualdade e à sociedade opressora em que vivemos, com suas memórias, em especial a sua conturbada relação com seu pai, que não aceitava um filho gay. Se a autoaceitação de uma pessoa da comunidade LGBTQIA+ já é um processo difícil e dolorido, enfrentar esses medos com a repulsa familiar é uma tarefa muito mais sofrida.

NOTA 9/10

DIVERSOS

Uma história desagradável, de Fiódor Dostoiévski | Resenha

Diferentemente do seus romances mais densos, que se aprofundam nos conflitos e angústias dos personagens, “Uma história desagradável” é uma obra curta e que revela um Dostoiévski mais cômico e menos psicológico. E o que começa com uma premissa bem humorada, acaba levando para um desenvolvimento desagradável - para não dizer caótico.

NOTA 9/10

CLÁSSICOS

NOTA

Lendo mais clássicos | Dica de leitura

A metamorfose”, de Franz KafKa, é inegavelmente um clássico: trata de sentimentos humanos atemporais. É a angústia e o desprezo sentidos por Gregor Samsa, um jovem caixeiro viajante que, de um dia para o outro, se vê transformado em um asqueroso inseto. São sensações de um personagem que vão muito além das páginas, atingindo o leitor e deixando uma marca que poucos livros conseguem deixar.

E pensar que, há três anos, até descobrir e ser influenciado por perfis literários nas redes sociais, eu era um leitor cheio de preconceitos literários. Um deles era justamente contra os clássicos. Tinha aquela ideia errada de que seriam livros antigos, difíceis de ler e meio enfadonhos (uma herança das leituras para o vestibular). Mas foi com a ajuda desses perfis literários – que muito inspiraram o @book.ster – que eu decidi sair da minha “zona de conforto” e criar coragem para conhecer um pouco das obras tão comentadas… E a certeza que eu tenho a cada dia mais é a seguinte: como eu estava perdendo tempo ao não ler os clássicos! Eles chegaram a essa categoria por um grande motivo: conseguem dialogar com o leitor, independentemente do momento em que foram escritos. São sempre atuais e nos revelam muito sobre o ser humano.
E com essa minha paixão cada vez maior pelos clássicos, não há como não ficar animado com uma nova editora como a @antofagica no mercado! Criada para reeditar os clássicos de uma forma mais ousada e atraente para o público jovem, a @antofagica escolheu “A metamorfose” para ser a primeira obra de seu catálogo. A edição está incrível: capa dura; ilustrações incríveis e fiéis às sensações causadas por Kafka; vários textos de apoio… E se as próximas edições continuarem nesse padrão, vou ter que abrir um grande espaço aqui na minha estante só para a @antofagica!

P.S.: A editora também produz um conteúdo muito interessante e bem feito sobre o universo da literatura no canal do YouTube. Corre lá para conferir!

Quer comprar o livro? Basta clicar AQUI

Deixe seu comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Campos obrigatórios são marcados*.

Nome*:

Email*:

Comentário*

Veja também

CLÁSSICOS, FICÇÃO

Rúdin, de Ivan Turguêniev | Resenha

Turguêniev foi o primeiro autor russo a se consagrar no ocidente e, por isso, suas obras costumam ser mais acessíveis. Inclusive, foi dele a primeira obra da literatura russa que li - “Pais e filhos” - e que logo entrou para a lista de livros favoritos da minha vida...

NOTA 9/10

FICÇÃO

Cloro, de Alexandre Vidal Porto | Resenha

Narrado a partir de um "personagem defunto", ao estilo machadiano de Brás Cubas,, “Cloro” é sobre a vida de um advogado bem-sucedido e típico pai de família, mas que passou seus dias atormentado pela sombra da sua sexualidade...

NOTA 8/10