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Quem matou meu pai, de Édouard Louis | Resenha

Um manifesto literário e íntimo. Com menos de 100 paginas, Édouard Louis constrói um texto híbrido, que combina críticas sociais à desigualdade e à sociedade opressora em que vivemos, com suas memórias, em especial a sua conturbada relação com seu pai, que não aceitava um filho gay. Se a autoaceitação de uma pessoa da comunidade LGBTQIA+ já é um processo difícil e dolorido, enfrentar esses medos com a repulsa familiar é uma tarefa muito mais sofrida.

NOTA 9/10

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Uma história desagradável, de Fiódor Dostoiévski | Resenha

Diferentemente do seus romances mais densos, que se aprofundam nos conflitos e angústias dos personagens, “Uma história desagradável” é uma obra curta e que revela um Dostoiévski mais cômico e menos psicológico. E o que começa com uma premissa bem humorada, acaba levando para um desenvolvimento desagradável - para não dizer caótico.

NOTA 9/10

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NOTA

Escolhas da vez!

Quem me acompanha aqui há algum tempo sabe que eu costumo escolher as minhas leituras com base em quatro categorias: (1) clássico; (2) livro de até 200 páginas; (3) autor contemporâneo ou ficção científica; e (4) não ficção / contos / poemas. .
Ou seja, escolho quatro livros e só vou começar um livro diferente depois que eu acabar a “leva” atual. Isso me tira da zona de conforto e me incentiva a ler obras de diferentes gêneros. Essa “técnica” também ajuda muito no ritmo da leitura, evitando que eu canse de alguma obra. E é importante dizer que eu não leio os 4 livros simultaneamente! Gosto de começar 2 e aí vou iniciando os próximos conforme finalizar as leituras. O importante é intercalar as leituras, sem deixar nenhuma de lado.

Escolhas de vez:

1 – Clássico: “A queda”, de Albert Camus – Livro escolhido por vocês, Booksters! Essa é uma das principais obras do autor e foi construída na forma de um monólogo. O narrador, que se autointitula “juiz-penitente”, faz uma denúncia sobre a natureza humana, ao mesmo tempo que conduz um processo de autocrítica. Só li “O estrangeiro” do autor, obra que considero fenomenal!

2 – Livro de até 200 páginas: “Minha casa é onde estou”, Igiaba Scego – Escolha de janeiro para o #desafiobookster2019, com a temática de migração/xenofobia. Conheci a autora pessoalmente na Flip2018 e já li uma obra dela, “Adua”, que me impressionou muito! Na obra escolhida, a autora percorre pela sua infância, uma criança filha de imigrantes somalis vivendo na Itália.

3 – Autor contemporâneo: “Machado”, Silviano Santiago – Apesar de definir esse livro como um ”romance”, não espere encontrar uma obra comum. Santiago reconstrói os últimos anos de Machado de Assis com base em cartas que Machado trocou com seu amigo, Mário de Alencar, trazendo um panorama detalhado do Rio de Janeiro do início do séc. XX. O livro foi vencedor do Prêmio Jabuti de 2017.

4 – Não ficção: “A civilização do espetáculo”, Mario Vargas Llosa – Gosto muito das obras do autor, mas só li seus romances. Nesse ensaio, o autor peruano questiona o papel da cultura nos dias atuais. Recebi boas indicações da obra!
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E vocês, estão lendo o que?

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NOTA 08/10