Veja também

DIVERSOS

Quem matou meu pai, de Édouard Louis | Resenha

Um manifesto literário e íntimo. Com menos de 100 paginas, Édouard Louis constrói um texto híbrido, que combina críticas sociais à desigualdade e à sociedade opressora em que vivemos, com suas memórias, em especial a sua conturbada relação com seu pai, que não aceitava um filho gay. Se a autoaceitação de uma pessoa da comunidade LGBTQIA+ já é um processo difícil e dolorido, enfrentar esses medos com a repulsa familiar é uma tarefa muito mais sofrida.

NOTA 9/10

DIVERSOS

Uma história desagradável, de Fiódor Dostoiévski | Resenha

Diferentemente do seus romances mais densos, que se aprofundam nos conflitos e angústias dos personagens, “Uma história desagradável” é uma obra curta e que revela um Dostoiévski mais cômico e menos psicológico. E o que começa com uma premissa bem humorada, acaba levando para um desenvolvimento desagradável - para não dizer caótico.

NOTA 9/10

Desafio Bookster

NOTA

#DesafioBookster2018 – Junho

– Mês: Junho – Categoria: Livro publicado na década de 1950
– Livro escolhido: “Ciranda de Pedra”, Lygia Fagundes Telles (1954)

Link para compra: https://amzn.to/2xEgZ4Z

Para quem ainda não conhece, o Desafio Book.ster 2018 foi lançado com o objetivo de, seguindo uma ordem temporal, incentivar a leitura de obras clássicas publicadas no século XX. A ideia é simples: 12 livros, 12 décadas. Por exemplo, em janeiro lemos um livro publicado entre 1900 e 1909. E por aí vai… Se você ainda não começou, ainda dá tempo de participar, é só escolher um livro para esse mês e que tenha sido publicado na década de 50…
No início de todo mês venho aqui apresentar o livro escolhido, assim como algumas sugestões para de obras publicadas na década respectiva!
O livro escolhido para o mês de junho é, sem dúvidas, de uma das principais autoras brasileiras, Lygia Fagundes Telles. Nunca li nada da autora, conhecida por suas obras sobre temas universais, como amor, laços familiares e morte. Em “Ciranda de pedra”, seu primeiro romance, a autora narra a história de Virgínia, a caçula de um casal de pais separados e que se vê no meio de conflitos familiares marcados pela traição e loucura. A obra já fez tanto sucesso que foi adaptada duas vezes para as telenovelas brasileiras. Em 2016, aos 92 anos, Lygia foi a primeira autora brasileira a ser indicada ao Prêmio Nobel da Literatura. A título de curiosidade, Lygia também é advogada e se formou na mesma faculdade que eu (USP).

Além de “Ciranda de pedra”, indico os seguintes livros publicados na década de 1950:

“O apanhador no campo de centeio”, J. D. Salinger (1951); https://amzn.to/2LitDIR

“Memórias de Adriano”, Marguerite Yourcenar (1951); https://amzn.to/2Li1phq

“Fahrenheit 451”, Ray Bradbury (1953); https://amzn.to/2xEYBsM

“O senhor das moscas”, William Golding (1954); https://amzn.to/2Lk1n8Q

“Auto da compadecida”, Ariano Suassuna (1955); https://amzn.to/2LkbB94 e

“Lolita”, Vladimir Nabokov (1955). https://amzn.to/2sw2oUj

E você, já escolheu sua leitura de junho?
#desafiobookster2018 #bookster #desafioliterário #literatura #lygiafagundestelles #cirandadepedra #literaturanacional #literaturabrasileira

Deixe seu comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Campos obrigatórios são marcados*.

Nome*:

Email*:

Comentário*

Veja também

DIVERSOS

As brasas, Sándor Márai

De um lado, Heinrik, general do império austro-húngaro e nascido em uma família aristocrata. De outro, Konrad, seu amigo de infância que, depois de uma tarde aparentemente normal de caça, resolve desaparecer.

NOTA 10/10

LIVROS, NÃO FICÇÃO

Como os advogados salvaram o mundo, José Roberto de Castro Neves

O título chama a atenção logo de cara, ainda mais quando se fala em advogados, sempre vítimas de piadas e críticas - especialmente no atual Brasil da "Lava Jato”.

NOTA