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Mamãe & eu & Mamãe, de Maya Angelou | Resenha

A busca por uma efetiva reconciliação entre pais e filhos é tratada na literatura há séculos. Para a ativista e poeta norte-americana, Maya Angelou, esse processo teve início muito cedo, aos 13 anos. Depois de problemas no casamento, Maya e seu irmão mais velho foram abandonados pela mãe quando os dois ainda eram muito pequenos. A infância foi vivida na casa da avó paterna, em um estado racista no sul dos Estados Unidos.

NOTA 9/10

CLÁSSICOS, FICÇÃO

NOTA 7,5/10

Olhai os lírios do campo, Érico Veríssimo

Essa foi a obra que colocou Veríssimo em uma categoria de destaque na literatura nacional. De fato, o autor escreve muito bem e consegue, de uma forma sensível, cativa o leitor e envolvê-lo com os personagens. No entanto, confesso que essa não foi uma leitura que amei. É engraçado que ao escrever um prefácio a essa própria obra, 28 anos depois de sua publicação, o autor foi claro ao afirmar que “não tenho muita estima por este romance. Acho-o hoje um tanto falso e exageradamente sentimental”. E a verdade é que concordo um pouco com a opinião de Veríssimo sobre o próprio livro. A história tem como pano de fundo o romance entre Eugênio e Olívia e um conflito interno de Eugênio contra a sensação de inferioridade pela posição social em que nasceu.

Assim, Eugênio, um estudante de medicina, de origem humilde, decide se casar com uma jovem rica e ingressar na alta sociedade. E é justamente isso que vai ser abordado na primeira parte do livro: a trajetória de vida de Eugênio, desde sua formação como médico, sua origem familiar simples e suas angústias com as escolhas que precisa tomar. Vale a pena sacrificar os próprios valores pelo dinheiro e pelo sucesso? Será que esse novo status social é suficiente para suprir essa sensação de inferioridade?

Já a segunda parte me decepcionou um pouco e se distancia muito do que tinha lido até então. Ela é conduzida a partir das cartas deixadas por Olívia que, por sinal, é uma das personagens mais interessantes da obra. Só que nessa parte a leitura ficou bem mais arrastada e carregada de um sentimentalismo forçado a que o autor se refere em sua crítica ao próprio livro… As reflexões trazidas na primeira parte não são mais trazidas por Veríssimo, que passa a escrever uma simples “história de amor”.

De qualquer forma, gostei muito da leitura e sinto que foi uma porta de entrada para o trabalho de Veríssimo, me deixando animado para conhecer outras obras do autor.

“Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente.”

 

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