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Quem matou meu pai, de Édouard Louis | Resenha

Um manifesto literário e íntimo. Com menos de 100 paginas, Édouard Louis constrói um texto híbrido, que combina críticas sociais à desigualdade e à sociedade opressora em que vivemos, com suas memórias, em especial a sua conturbada relação com seu pai, que não aceitava um filho gay. Se a autoaceitação de uma pessoa da comunidade LGBTQIA+ já é um processo difícil e dolorido, enfrentar esses medos com a repulsa familiar é uma tarefa muito mais sofrida.

NOTA 9/10

DIVERSOS

Uma história desagradável, de Fiódor Dostoiévski | Resenha

Diferentemente do seus romances mais densos, que se aprofundam nos conflitos e angústias dos personagens, “Uma história desagradável” é uma obra curta e que revela um Dostoiévski mais cômico e menos psicológico. E o que começa com uma premissa bem humorada, acaba levando para um desenvolvimento desagradável - para não dizer caótico.

NOTA 9/10

FICÇÃO

NOTA 8,5/10

O homem sem doença, Arnon Grunber

Em O homem sem doença, o leitor se depara com a história de Samarandra Ambani, um suíço, de origem indiana, que trabalha em um promissor escritório de arquitetura. Sam é construído para se encaixar no estereótipo do homem suíço: um indivíduo perfeccionista, cheio de manias, com obsessão por limpeza e pelo trabalho. Ao ser convidado a apresentar um projeto de uma obra em Badgá, Iraque, o protagonista dá início a uma onda de tragédias em sua vida. Logo quando chega em Bagdá, Sam é acusado de ser um espião e é submetido à intensa tortura. Não vou contar mais para não dar spoiler, mas as coisas conseguem piorar… É impressionante a capacidade que o autor possui em prender o leitor, que nunca consegue prever quais serão os próximos acontecimentos. Também gostei bastante da forma com que a personalidade de Sam é afetada pelos traumas vividos e como Grubenrg utiliza a narrativa para fazer certas críticas à visão ocidental do que é ser “normal”. A primeira parte do livro foi sensacional, mas achei que Grunberg se perdeu um pouco na segunda parte e quis terminar o livro com certa pressa. Mas mesmo assim gostei muito da obra e recomendo para quem está com vontade de ler um romance perturbador, trágico, e ao mesmo tempo, cômico. Mais uma excelente publicação da @radiolondres, com uma capa muito interessante? Alguma previsão de novos livros do autor?

 

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