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10 minutos e 38 segundos neste mundo estranho, de Elif Şafak | Resenha

A premissa desse livro, da autora turca Elif Shafak, é incrível e afeta diretamente a estrutura da narrativa. A obra parte de um dado sobre o funcionamento do nosso corpo, com base em observações científicas: após o coração parar de bater, o nosso cérebro ainda apresentaria atividades por até 10 minutos e 38 segundos. E Elif Shafak se vale dessa informação para dar início a história de Leila Tequila, já que logo na primeira página nos deparamos com a informação que a protagonista teria sido assassinada.

NOTA 9/10

DIVERSOS

Carta ao pai, de Franz Kafka | Resenha


Quais os impactos que uma relação conturbada entre com o pai pode trazer para a vida de um filho? A partir de uma longa carta escrita por Kafka ao seu pai, Hermann Kafka, em 1919, podemos concluir que as marcas são duradouras e complexas. O texto é muito potente e nos dá a sensação de mergulhar na intimidade de alguém, como se estivéssemos abrindo um diário que nunca deveria ter sido lido.

NOTA 9/10

FICÇÃO, LIVROS

NOTA 7,5/10

Os sete maridos de Evelyn Hugo, de Taylor Jenkins Reid | Resenha

Com mais de 1 milhão de exemplares vendidos no mundo todo, o livro foi escolhido por vocês! Apesar de muitos elogios, também recebi várias mensagens de leitores que acharam puro “hype” ou sem qualquer valor literário. Mas, e aí?

Inicialmente, vale dizer que esse argumento de “valor literário” é polêmico e passa por questões mais delicadas sobre o propósito e a “elitização” da leitura. Eu não gosto de analisar os livros dessa forma e busco sempre compartilhar a minha experiência de leitura.

A sinopse não tinha me atraído muito. Evelyn Hugo, uma estrela de Hollywood da década de 60, decide contar a história de sua vida quando está aposentada e próxima dos 80 anos… Mas a situação não é tão simples quanto parece. Primeiro, porque Evelyn teve uma vida bastante agitada, colecionando 7 casamentos. Em segundo lugar, a estrela de Hollywood exige que sua história seja contada apenas para uma jovem jornalista, Monique Grant. Não há nenhuma relação aparente entre as duas e isso já cria um ar de mistério.

Confesso que nas primeiras 20 páginas fiquei bem preocupado com o que viria pela frente. Achei um começo bem sem graça e com uma linguagem mais adolescente. No entanto, a construção da história começou a tomar um rumo interessante e, a partir dos 30%, fisguei a isca jogada pela autora. É uma obra “page turner”, que você quer saber o que vai acontecer e fica difícil de parar.

Além disso, a autora aborda temáticas importantes, sobretudo em relação à comunidade LGBTQIA+ e à discriminação racial. Achei que seria um livro clichê sobre o universo de Hollywood e dos famosos, mas não foi isso que encontrei. São muitos diálogos que preenchem a obra e, apesar de isso ajudar na fluidez, acabou prejudicando um pouco a construção dos personagens. A própria Evelyn e seu amigo Harry foram os personagens com que mais me conectei. Também esperava mais do final!

Enfim, não é o tipo de narrativa que mais gosto, mas a experiência foi gostosa e li o livro em poucos dias. Uma ótima opção dica para quem está querendo criar o hábito: leitura rápida e fácil, com temas interessantes.

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Mandíbula, de Mónica Ojeda | Resenha

ais periféricos do mercado editorial. É importante valorizar quando editoras fazem esse movimento de trazer obras pouco conhecidas, o que é o caso de “Mandíbula”, da equatoriana Mónica Ojeda, que agora povoa as livrarias após a publicação da @autentica.contemporanea !

NOTA 7/10

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A cabeça do santo, de Socorro Acioli | Resenha

Quando o assunto é literatura, tem duas coisas que amo: Gabriel García Márquez e realismo mágico (obras que contêm uma visão realística do mundo, mas com elementos mágicos). A obra da autora brasileira Socorro Acioli reúne os dois, tendo desenvolvido “A cabeça do santo” em uma oficina ministrada por ninguém menos que o incrível Gabo (apelido para os íntimos, hehe).

NOTA 9/10