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De onde eles vêm, de Jeferson Tenório | Resenha

Radicado em Porto Alegra, Jeferson Tenório é, hoje, um dos exemplos do alcance que a literatura nacional contemporânea vem atingindo. O sucesso “O avesso da pele”, vencedor do Prêmio Jabuti, vendeu milhares de cópias no Brasil - e fora dele -, confirmando a importância de valorizamos o que vem sendo produzido pelos nossos autores.

NOTA 9/10

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Narciso e Goldmund, de Hermann Hesse | Resenha

O vencedor do Nobel de 1946 tem uma extensa produção literária e, em seus romances, abordar questões filosóficas e existenciais. “Sidarta”, “O lobo da estepe” e “Demian” são alguns dos que li e que me despertaram o interesse no autor. Com “Narciso e Goldmund”, que estava esgotada há anos no Brasil, o autor repete a sua forma de escrever e cria uma narrativa sobre dois amigos, repleta de boas reflexões. É um romance sobre opostos.

NOTA 8,5/10

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NOTA Nota 9/10

Hospício é Deus, de Maura Lopes Cançado | Resenha

Se a questão de saúde mental e o conceito de “loucura” ainda estão acompanhados de muito preconceito e falta de informação, é difícil imaginar como o tema era tratado na década de 60. Por meio de seus diários, publicados originalmente em 1965, a escritora mineira compartilha o dia a dia internada em um hospital psiquiátrico no Rio de Janeiro. Muito embora Maura fosse muito jovem naquele momento, essa já era sua terceira internação.

Ao longo de sua escrita, conhecemos um pouco de sua origem, de uma infância rica em Minas Gerais, até começar a enfrentar desafios relacionados à família e à forma como a sociedade a julgava. Em sua vida, Maura foi internada diferentes vezes e, em “Hospício é Deus”, o leitor consegue entender um pouco da angústia que cercava o local e do tratamento desumano que muitos dos pacientes recebiam, com claras situações de abusos físicos e psicológicos.

E ao analisar esse ambiente que estava inserida, em conjunto com outros personagens, como enfermeiras e médicos, Maura consegue construir um cenário completo, que transporta o leitor para uma realidade tão distante. Os aspectos subjetivos da autora ficam, em alguns momentos, mais em segundo plano. No entanto, quando Maura nos conta sobre a sua relação com um médico específico do hospital em que estava internada, é possível mergulhar um pouco mais em seu interior.

É impressionante como Maura conseguia não transparecer os problemas psiquiátricas em sua escrita. O texto é muito claro, fácil de ler e bem construído. Também é interessante ver o interesse de Maura pela escrita e pela literatura. Em seu diário, há diversas referências a seus próprios textos e a outras obras literárias.

“Hospício é Deus” ficou esquecido por muitas décadas, tendo sido resgatado pelo mercado editorial apenas em 2015. A nova edição da @companhiadasletras traz dois textos de apoio, inclusive um deles escrito pela autora e psiquiatra Natália Timerman, que faz um exercício interessante de tentar “diagnosticar” Maura a partir de sua escrita e de seus relatos.

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A busca por uma efetiva reconciliação entre pais e filhos é tratada na literatura há séculos. Para a ativista e poeta norte-americana, Maya Angelou, esse processo teve início muito cedo, aos 13 anos. Depois de problemas no casamento, Maya e seu irmão mais velho foram abandonados pela mãe quando os dois ainda eram muito pequenos. A infância foi vivida na casa da avó paterna, em um estado racista no sul dos Estados Unidos.

NOTA 9/10