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De onde eles vêm, de Jeferson Tenório | Resenha

Radicado em Porto Alegra, Jeferson Tenório é, hoje, um dos exemplos do alcance que a literatura nacional contemporânea vem atingindo. O sucesso “O avesso da pele”, vencedor do Prêmio Jabuti, vendeu milhares de cópias no Brasil - e fora dele -, confirmando a importância de valorizamos o que vem sendo produzido pelos nossos autores.

NOTA 9/10

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Narciso e Goldmund, de Hermann Hesse | Resenha

O vencedor do Nobel de 1946 tem uma extensa produção literária e, em seus romances, abordar questões filosóficas e existenciais. “Sidarta”, “O lobo da estepe” e “Demian” são alguns dos que li e que me despertaram o interesse no autor. Com “Narciso e Goldmund”, que estava esgotada há anos no Brasil, o autor repete a sua forma de escrever e cria uma narrativa sobre dois amigos, repleta de boas reflexões. É um romance sobre opostos.

NOTA 8,5/10

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NOTA 10/10

Cupim, de Layla Martinez | Resenha

Um terror feminista. Perturbador e Misterioso. A jovem autora espanhola vem sendo estaque na Espanha com seu romance de estreia. Uma avó e sua neta habitam uma casa mal assombrada. Mas não pense em monstros ou bruxas. A casa também é lar para a sombra dos antepassados, sobretudo os homens da família – responsáveis por anos de violência contra quem ousou nascer mulher.

Nesse romance, a casa é um dos principais personagens. Ela reage aos acontecimentos e, em seu interior, coisas estranhas acontecem. As sombras se confundem com a mobília. E, acostumadas com aqueles que não conseguem deixar aquela casa, a avó e a neta parecem não se incomodar. O que realmente é motivo de medo para uma mulher?

A relação entre as duas é marcada por um rancor, sobretudo em virtude de um acontecimento envolvendo uma família rica para quem a neta trabalhava naquele vilarejo do interior da Espanha. A desigualdade social é, portanto, outro tema que surge no ambiente e que desperta a raiva em quem sequer consegue garantir o mínimo.

Os capítulos intercalam a perspectiva de cada uma das duas personagens e, aos poucos, o leitor vai conhecendo um pouco mais sobre o passado daquela casa – e de quem já a habitou -, assim como da verdadeira história por trás do episódio fez com que avó e neta se tornassem figuras indesejadas naquele vilarejo.

Enfim, apesar de fluido e curto, “Cupim” é uma leitura diferente, perturbadora e que pode não agradar todo leitor. O início causa certa estranheza, mas aos poucos o leitor vai se acostumando com a escrita de Layla Martinez. Para mim, uma das melhores leituras do ano!

A obra foi escolhida para o #DesafioBookster2024 no mês de setembro para o sentimento Raiva. No meu canal do YouTube você encontra o bate-papo sobre o livro com Andréa del Fuego.

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Hospício é Deus, de Maura Lopes Cançado | Resenha

Se a questão de saúde mental e o conceito de “loucura” ainda estão acompanhados de muito preconceito e falta de informação, é difícil imaginar como o tema era tratado na década de 60. Por meio de seus diários, publicados originalmente em 1965, a escritora mineira compartilha o dia a dia internada em um hospital psiquiátrico no Rio de Janeiro. Muito embora Maura fosse muito jovem naquele momento, essa já era sua terceira internação.

NOTA Nota 9/10

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#DesafioBookster2024 | Novembro

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