Veja também

DIVERSOS

Relato de um náufrago, de Gabriel García Márquez | Resenha

Publicada em vários capítulos no Jornal El Espectador, em 1955, “Relato de um náufrago” é uma das primeiras obras escritas por Gabriel García Márquez e nos apresenta um texto jornalístico, que causou fortes impactos na sociedade da época. A narrativa traz em detalhes os 10 dias de Velasco, um marinheiro que é arremessado, junto com outros colegas, de um navio durante uma tempestade em fevereiro de 1955. Velasco foi o único sobrevivente da tragédia e ficou à deriva sozinho em uma pequena balsa por 10 dias até ser encontrado em condições extremas.

NOTA 9/10

DIVERSOS

O retorno, de Dulce Maria Cardoso | Resenha

A literatura portuguesa já conquistou meu coração de leitora há anos, com várias obras entrando para a minha lista de favoritas da vida. O que sempre me incomodou, confesso, era a pouca presença de autoras mulheres nas minhas leituras. O Retorno, de Dulce Maria Cardoso, estava na minha estante há tempos - e fico muito feliz de finalmente ter dado uma chance a ele. Fui imediatamente envolvido pela narrativa e pela força da temática.

NOTA 9/10

LIVROS

NOTA 9/10

Uma mulher, de Annie Ernaux | Resenha

Não costumo dizer isso, mas cada vez mais fico convencido de que Annie Ernaux é uma daquelas autoras que você precisa ter em sua estante. E o que me surpreende é que a ganhadora do Nobel de Literatura de 2022, utiliza uma escrita simples e seca para construir seus textos.

Apesar de ter mais de 20 livros publicados, a Ernaux mantém um padrão em seus textos: mergulhar nas suas memórias, de uma forma pouco pessoal e sem deixar de lado o contexto social em que ela e os personagens importantes de sua vida estão inseridos.

E é isso que vemos em “Uma Mulher”, o mais novo livro publicado pela @fosforoeditora no Brasil. Nele, a autora constrói em pouco mais de 60 páginas a história de sua mãe. Uma mulher que nasceu em uma pequena cidade da Normandia, na França, e que trabalhou desde cedo. Uma mulher que tentou sempre se diferenciar dos seus iguais, mas que também enfrentou dificuldades ao se enquadrar em uma nova realidade, de menos dificuldades e mais recursos. A forma como a autora mistura as memórias com esse aspecto social dos personagens é um dos pontos mais interessantes para mim.

E a relação entre as duas também é retratada nas páginas escritas nos meses seguintes à morte da mãe, em 7 de abril de 1986. Ernaux tenta equilibrar a emoção pelos momentos difíceis ou amorosos que teve, com os fatos da vida de uma mulher corajosa e dura. Os anos finais, quando sua mãe sofria com o Alzheimer, também é narrado pela autora. É dolorido ter que se tornar mãe daquela que sempre foi a responsável pelo nosso cuidado.

E é na universalidade dos temas tratados pela autora que a gente consegue se identificar e se aproximar do texto. Se Ernaux às vezes não sabe porque escreve o texto, para o leitor essa dúvida não tem importância, já que a experiência da leitura confirma a relevância da autora.

Leiam Annie Ernaux. E se você nunca leu nada da autora, essa pode ser uma boa primeira opção!

Deixe seu comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Campos obrigatórios são marcados*.

Nome*:

Email*:

Comentário*

Veja também

FICÇÃO, LIVROS

O pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry | Resenha

Por que um livro aparentemente infantil, publicado há mais de 80 anos, ainda conquista leitores pelo mundo todo e - o mais impressionante - de todas as idades? Para mim, “O pequeno príncipe” é a típica obra que se encaixa no conceito de clássico: as mensagens transmitidas pelo autor francês são universais, próprias da condição humana.

NOTA

Desafio Bookster

#DesafioBookster2024 | Maio

Mês: Maio
Sentimento: Culpa (mas prometo que o livro promete ser alto astral, hehe)
Livro: Sr. Loverman, de Bernardine Evaristo

NOTA