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O animal social, de Elliot Aronson | Resenha

Não é segredo que sou fã de ficção e que a maioria das minhas leituras está inserida nesse gênero. Mas a verdade é que frequentemente sou surpreendido - de forma positiva - quando me aventuro em obras mais técnicas e que buscam aproximar o leitor de temas relevantes. E foi esse o caso de “O animal social”, uma referência na área da psicologia social, publicado em 1972.

NOTA 9/10

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O vício dos livros, de Afonso Cruz | Resenha

Livros sobre livros me encantam - talvez isso explique o motivo de eu ter escrito um. Gosto muito de entender como a literatura é uma experiência individual e como os livros desempenham diferentes papéis na vida de um leitor. Quando soube que o autor português tinha uma coletânea de textos sobre o tema, logo coloquei “O vício dos livros” na minha lista de próximas leituras. O título já gerou uma identificação imediata: assim como Afonso Cruz, eu também dependo da literatura para conseguir estar no meu estado de “normalidade” (entre muitas aspas).

NOTA 7,5/10

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NOTA 8/10

Nove histórias, de J. D. Salinger | Resenha

Nove histórias, de J. D. Salinger

Embora o autor norte-americano J D Salinger seja conhecido mundialmente por “O apanhador no campo de centeio”, publicado em 1951 e com dezenas de milhões de cópias já vendidas, o seu talento de escrever histórias curtas é até mais festejado por quem é fã de seu trabalho.

Em “Nove histórias”, publicado alguns anos depois e reunindo nove contos, somos apresentados para alguns membros da família Glass, que serão melhor aprofundados em suas próximas obras. Os temas da infância e adolescência ganham enfoque nos contos, assim como o período do pós-guerra e a hipocrisia da classe burguesa em um momento de tantas cicatrizes. Apesar de alguns pontos em comum, as histórias são bem diferentes entre si.

Os dois contos mais famosos “Um dia perfeito para peixes-banana” e “Para Esmé — com amor e sordidez” também foram os que mais gostei. Não sei se fui influenciado pela notoriedade das histórias ou se a fama realmente é uma consequência da potência sútil que Salinger confere para as duas narrativas. Neles, há uma interessante reflexão sobre a inocência e os traumas. “O Gargalhada” também foi um texto que me prendeu muito, ao mesclar dois pequenos enredos completamente distintos, mas que instigam o leitor em uma mesma intensidade.

Se você só conhece Salinger pelo seu romance mais famoso, que inclusive não agrada todos os leitores, não deixe de conhecer seus textos mais curtos. Por trás de histórias aparentemente simples e banais, “Nove histórias” aborda temas complexos relacionados às emoções e conflitos humanos.

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A casa dos coelhos, de Laura Alcoba | Resenha

Gosto muito de livros escritos a partir da perspectiva das crianças. Quando bem construídos, nos revelam uma análise dos acontecimentos de uma forma mais pura, ingênua e livre dos preconceitos que a sociedade vai nos impondo ao longo do nosso amadurecimento. Na minha opinião, a autora nascida na Argentina, e que ainda criança se mudou para a França, consegue nos apresentar essa visão com uma voz muito crível, talvez até por conta dos traços autobiográficos por trás dessa narrativa.

NOTA 9/10

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Quem matou meu pai, de Édouard Louis | Resenha

Um manifesto literário e íntimo. Com menos de 100 paginas, Édouard Louis constrói um texto híbrido, que combina críticas sociais à desigualdade e à sociedade opressora em que vivemos, com suas memórias, em especial a sua conturbada relação com seu pai, que não aceitava um filho gay. Se a autoaceitação de uma pessoa da comunidade LGBTQIA+ já é um processo difícil e dolorido, enfrentar esses medos com a repulsa familiar é uma tarefa muito mais sofrida.

NOTA 9/10