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DIVERSOS

O animal social, de Elliot Aronson | Resenha

Não é segredo que sou fã de ficção e que a maioria das minhas leituras está inserida nesse gênero. Mas a verdade é que frequentemente sou surpreendido - de forma positiva - quando me aventuro em obras mais técnicas e que buscam aproximar o leitor de temas relevantes. E foi esse o caso de “O animal social”, uma referência na área da psicologia social, publicado em 1972.

NOTA 9/10

DIVERSOS

O vício dos livros, de Afonso Cruz | Resenha

Livros sobre livros me encantam - talvez isso explique o motivo de eu ter escrito um. Gosto muito de entender como a literatura é uma experiência individual e como os livros desempenham diferentes papéis na vida de um leitor. Quando soube que o autor português tinha uma coletânea de textos sobre o tema, logo coloquei “O vício dos livros” na minha lista de próximas leituras. O título já gerou uma identificação imediata: assim como Afonso Cruz, eu também dependo da literatura para conseguir estar no meu estado de “normalidade” (entre muitas aspas).

NOTA 7,5/10

DIVERSOS

NOTA 8/10

Meu irmão, eu mesmo, de João Silvério Trevisan | Resenha

Uma leitura impactante de um dos grandes nomes da luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+. Em seu último livro, Trevisan constrói um relato autobiográfico que vai além de temas ligados à sexualidade. A sua relação com seu irmão mais novo, Claudio, é o enfoque da obra, que ainda atravessa as dores da perda e a consciência da proximidade da morte.

Era Trevisan que deveria ter deixado suas lembranças na memória do irmão, já que o autor tinha sido surpreendido com a descoberta da infecção pelo vírus HIV. No início da década de 90, depois de ver tantas pessoas próximas partirem, Trevisan acreditava que aquela notícia seria uma sentença do fim dos seus dias. No entanto, seu irmão, por quem tinha uma linda relação de amizade e acolhimento, se torna vítima fatal de um câncer, antes mesmo de completar 50 anos.

Essa perda crava cicatrizes nunca esquecidas no autor, que compartilha em seu último lançamento todo o seu processo de luto e os últimos momentos com seu irmão. Mesmo quem nunca sentiu esse vazio causado por uma falta tão importante, vai compreender a angústia de Trevisan.

E as dificuldades de ser um homem gay nas décadas passadas, assim como todo o estigma – e ignorância – que recai sobre pessoas que vivem com o vírus HIV também são denunciados de forma muito aberta em “Meu irmão, eu mesmo”. Apesar se ser um livro voltado para a sua história com Claudio, o autor aborda muito de suas memórias e vivências na solidão de não se encaixar em uma sociedade preconceituosa.

Um livro importantíssimo pelas temáticas que aborda, de uma forma verdadeira e corajosa. Valorizar um autor nacional como João Trevisan é necessário quando pensamos em uma literatura mais diversa.

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DIVERSOS

Não fossem as sílabas do sábado, de Mariana Salomão Carrara | Resenha

A segunda obra que leio da jovem autora paulistana me confirmou o que venho dizendo há um tempo: Mariana Salomão Carrara é uma das mais promissoras autoras contemporâneas que temos. Gosto muito de sua capacidade de mergulhar nas emoções e relações humanas, sempre caminhando pelo tema do luto.

NOTA 9/10

DIVERSOS

Dois irmãos, de Milton Hatoum | Resenha

Milton Hatoum é um dos mais importantes autores contemporâneos nacionais. No entanto, até pouco tempo, nunca havia lido uma obra sua. Recebia com frequência alguma indicação sua e Dois irmãos estava na minha lista há um bom tempo. E que bom que eu resolvi tirar ele da estante… Adorei a leitura!

NOTA 10/10