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DIVERSOS

O animal social, de Elliot Aronson | Resenha

Não é segredo que sou fã de ficção e que a maioria das minhas leituras está inserida nesse gênero. Mas a verdade é que frequentemente sou surpreendido - de forma positiva - quando me aventuro em obras mais técnicas e que buscam aproximar o leitor de temas relevantes. E foi esse o caso de “O animal social”, uma referência na área da psicologia social, publicado em 1972.

NOTA 9/10

DIVERSOS

O vício dos livros, de Afonso Cruz | Resenha

Livros sobre livros me encantam - talvez isso explique o motivo de eu ter escrito um. Gosto muito de entender como a literatura é uma experiência individual e como os livros desempenham diferentes papéis na vida de um leitor. Quando soube que o autor português tinha uma coletânea de textos sobre o tema, logo coloquei “O vício dos livros” na minha lista de próximas leituras. O título já gerou uma identificação imediata: assim como Afonso Cruz, eu também dependo da literatura para conseguir estar no meu estado de “normalidade” (entre muitas aspas).

NOTA 7,5/10

DIVERSOS

NOTA 8,5/10

O filho eterno, de Cristovão Tezza | Resenha

Publicado em 2007, o livro venceu os principais prêmios literários e aborda os conflitos de um pai que descobre que o seu filho recém nascido tem síndrome de Down. O romance também possui um forte aspecto autobiográfico, que deixa a realidade criada pelo autor ainda mais potente.

Confesso que, até ler O filho eterno, tinha lido poucos livros que abordavam a temática de pessoas com deficiência. E quando iniciei a leitura, fui surpreendido com um forte incômodo, já que o pai de Felipe não poupa o leitor na hora de expressar a sua decepção com o diagnóstico do filho. Ainda que a narrativa se passe no final do século passado, em que o conhecimento e as discussões sobre capacitismo fossem menos profundas, é difícil não sentir um desconforto com a figura do pai. Seus pensamentos chegam a ser cruéis, um reflexo de uma sociedade ignorante e repleta de preconceitos.

Aos poucos o protagonista começa uma trajetória em busca de especialistas que pudessem garantir uma condição melhor de vida para o Felipe. São poucos dias de vitórias, que se destacam a uma rotina difícil e frustrante. O pai tem dificuldades de lidar com as expectativas de que se filho se comportará igual a outras crianças típicas, mas com o tempo vemos um fortalecimento na relação entre os dois. Se no início existia uma certa rejeição na ideia de ter um filho com síndrome de Down, o personagem principal vai percebendo que não consegue mais se imaginar vivendo sem todo aquele amor.

É uma narrativa muito mais voltada ao pai, um escritor insatisfeito, com mergulhos nas suas memórias mais antigas. Felipe aparece de uma forma secundária, a partir da reação de seu pai com as dificuldades e conquistas da relação paternal. Uma das passagens que mais me tocou foi sobre a capacidade de amar que o filho possui. Felipe sabe amar incondicionalmente, o que o destaca em relação as demais crianças.

A leitura é impactante e, ao gerar um desconforto no leitor, nos faz refletir sobre temas importantíssimos relacionados a pessoas com deficiência e paternidade.

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A gente mira no amor e acerta na solidão, de Ana Suy | Resenha

Esse é um daqueles livros que eu acabo conhecendo por conta de indicações que eu recebo de vocês. O livro de Ana Suy começou a aparecer com frequência aqui nas mensagens, com pessoas dizendo: “Acho que você vai gostar, já que adorou o Talvez você deva conversar com alguém”. E resolvi confiar na opinião de vocês, já que em grande parte das vezes vocês acertam!

NOTA 8/10

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Canção para ninar menino grande, de Conceição Evaristo | Resenha

Para quem já leu alguma obra de Conceição Evaristo, um dos principais nomes da literatura nacional, sabe que a potência de suas narrativas está, em boa parte, na força das suas personagens mulheres. Em “Canção para ninar menino grande”, no entanto, temos uma característica que a distingue dos demais livros: a narrativa tem como personagem principal uma figura masculina, Fio Jasmim. Mas, mesmo assim, as mulheres ainda têm papel central na obra, já que a vida do protagonista é contada a partir da perspectiva das mulheres com que se relacionou.

NOTA 9/10