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#DesafioBookster2024 | Novembro

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Mamãe & eu & Mamãe, de Maya Angelou | Resenha

A busca por uma efetiva reconciliação entre pais e filhos é tratada na literatura há séculos. Para a ativista e poeta norte-americana, Maya Angelou, esse processo teve início muito cedo, aos 13 anos. Depois de problemas no casamento, Maya e seu irmão mais velho foram abandonados pela mãe quando os dois ainda eram muito pequenos. A infância foi vivida na casa da avó paterna, em um estado racista no sul dos Estados Unidos.

NOTA 9/10

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Maria Altamira, de Maria José Silveira | Resenha

O livro já começa com uma tragédia: um terremoto no Peru soterra a cidade de Yungay e mata os familiares de Aelí. Sua filha está entre as vítimas fatais. E é a partir de tantas perdas que a autora goiana nos leva por um caminho dolorido, na tentativa de deixar a tristeza para trás. Como se uma tristeza dessa proporção fosse passível de esquecimento.

Alelí parte sem rumo, encontrando toda uma América do Sul em seus pés. Se o sofrimento não pode sumir, ela parece descansar um pouco quando conhece a personagem Manuel Juruna. O homem leva Alelí para uma aldeia onde vive no Xingu. O que poderia ser o início de um novo capítulo na vida de Alelí, termina bruscamente com uma nova perda. De lá, ela parte mais uma vez sem rumo e abandona sua nova filha, ainda recém-nascida, com uma enfermeira que conhece. Maria Altamira é o nome da menina.

Alternando com a vida de Alelí, a autora apresenta o futuro de Altamira. Uma jovem que ainda busca seu passado e, por suas mudanças de vida, abraça causas sociais. Da destruição do meio ambiente com a construção da Usina de Belo Monte à triste realidade dos sem-teto em São Paulo. A parte de Maria Altamira não me cativou tanto, senti uma menor profundidade e, por isso, me envolvi menos com a sua narrativa.

A escrita de Maria José é cativante e toca em temas muito atuais. Desastres naturais, relação destrutiva do homem com o meio ambiente, proteção dos povos originários e a desigualdade social em grandes centros urbanos. É nesses cenário que a autora insere personagens bem construídos que carregam dores individuais. Destaque para a construção de Adelí.

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O grande Gatsby, de Scott Fitzgerald | Resenha

Comecei O Grande Gatsby, grande clássico da literatura norte-americana, pelo caminho oposto ao que gosto de fazer: assisti primeiro à adaptação aos cinemas e só depois de alguns anos me rendi ao livro. Hoje, posso dizer que gostei muito das duas experiências!

NOTA 9/10

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Os anos, de Annie Ernaux | Resenha

Atualmente, o meio literário só fala de Annie Ernaux, autora francesa que venceu o Prêmio Nobel de Literatura de 2022. Suas obras, no entanto, ainda estão aos poucos furando a bolha de quem já é leitor para atingir um público maior. E, com a leitura de Os anos, posso confirmar que a autora merece muito esse alcance.

NOTA 10/10