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DIVERSOS

O animal social, de Elliot Aronson | Resenha

Não é segredo que sou fã de ficção e que a maioria das minhas leituras está inserida nesse gênero. Mas a verdade é que frequentemente sou surpreendido - de forma positiva - quando me aventuro em obras mais técnicas e que buscam aproximar o leitor de temas relevantes. E foi esse o caso de “O animal social”, uma referência na área da psicologia social, publicado em 1972.

NOTA 9/10

DIVERSOS

O vício dos livros, de Afonso Cruz | Resenha

Livros sobre livros me encantam - talvez isso explique o motivo de eu ter escrito um. Gosto muito de entender como a literatura é uma experiência individual e como os livros desempenham diferentes papéis na vida de um leitor. Quando soube que o autor português tinha uma coletânea de textos sobre o tema, logo coloquei “O vício dos livros” na minha lista de próximas leituras. O título já gerou uma identificação imediata: assim como Afonso Cruz, eu também dependo da literatura para conseguir estar no meu estado de “normalidade” (entre muitas aspas).

NOTA 7,5/10

LIVROS

NOTA 9/10

Por dois mil anos, Mihail Sebastian

Recebi esse livro da @amarilyseditora e foi uma daquelas leituras que comecei totalmente no escuro. Nunca tinha ouvido falar desse livro, nem do autor. Também não tinha lido nenhum comentário a respeito da obra. Li a sinopse e fiquei bem interessado: logo na capa, a narrativa é resumida em “um estudante judeu na Romênia antissemita dos anos 1930”. Muito embora as minhas leituras recentes vêm sendo escolhidas após um certo filtro de recomendações, resolvi arriscar nesse caso. Confiei na escolha da editora e gostei muito do que encontrei. No entanto, diferente do que pode parecer, não se trata de uma história sobre o sofrimento de um jovem judeu, como muitas obras que tratam da crueldade no período nazista. Na verdade, Mihail Sebastian dá um passo para trás e apresenta um relato sobre a época entreguerras, na qual os sentimentos antissemitas ainda estavam se fortalecendo e que, anos depois, acarretariam na morte de mais de um terço dos judeus romenos. O livro traz a história de um jovem que, ao longo dos anos, tem contato com diversas posições ideológicas, mas que sofre com a dificuldade de se encaixar em alguma delas. Escrito em forma de diário, o autor conseguiu criar um verdadeiro panorama da sociedade romena no período entreguerras, sempre com base nas passagens da vida desse jovem. O nome do protagonista não é mencionado em qualquer momento, o que fortaleceria a ideia de que a obra tenha um cunho autobiográfico. O autor, que também era judeu, conseguiu sobreviver ao massacre nazista, tendo publicado suas recordações em um diário (ainda sem tradução para o português). Gostei bastante da leitura, a escrita é bem fluida e agradável, com tradução direto do romeno.
explicação.

 

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Os despossuídos, Ursula K. Le Guin

A ideia por trás desse romance distópico é sensacional.

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O apocalipse dos trabalhadores, Valter Hugo Mãe

No início, o leitor pode sentir certa dificuldade e estranhar o estilo de escrita de Valter Hugo Mãe, marcado pela ausência de letras maiúsculas, travessões e por uma pontuação fora do comum.

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