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DIVERSOS

O pavilhão dourado, de Yukio Mishima | Resenha

O ritmo acelerado que vivemos ultimamente vem colocando a pausa e o silêncio como grandes - e incômodos - inimigos. E foi na contramão desse fenômeno que a leitura de um dos principais autores japoneses do século passado atingiu os leitores do meu clube do livro, o Bookster pelo Mundo. Uma obra escrita em 1956, em uma sociedade completamente distinta da nossa e que tinha como protagonista um monge de um templo budista zen, acabou se tornando uma leitura desafiadora - e, para mim, uma experiência muito marcante.

NOTA 7,5/10

DIVERSOS

Homem comum, de Philip Roth | Resenha

É comum encontrarmos na literatura a descrição de acontecimentos extraordinários e vidas marcadas por grandes momentos. No entanto, há grandes autores com a habilidade de construir histórias memoráveis sobre vidas comuns, rotinas insossas e partidas sem legados. Já li diferentes obras com essa abordagem e, quando bem feita, consegue me impactar de uma forma única.

NOTA 9/10

FICÇÃO

NOTA 9/10

A resistência, Julián Fuks

Há sim passagens sobre a ditadura argentina, mas esse é apenas um assunto secundário. A obra é considerada uma auto-ficção, isto é, uma autobiografia ficcional, quando o autor reinventa sua própria existência. Tudo começa com um certo desabafo do narrador, Sebastián: “Meu irmão é adotado, mas não posso e não quero dizer que meu irmão é adotado”. E é a partir desse fato de seu passado que o narrador tenta reconstituir a origem do irmão adotado para compreender os motivos que o levaram a se recolher em suas próprias emoções. No entanto, a partir dessa visita às memórias, Sebastián acaba esbarrando na história de seus pais, casal de militantes argentinos que se vê obrigado a se exiliar de seu país e viajar para o Brasil, e, mais que isso, na sua própria história. Vencedor do prêmio Jabuti de 2016, principal prêmio da literatura nacional, A resistência é extremamente bem escrito e, na minha opinião, conseguiu aproximar muito o leitor de Sebastián e das reflexões sobre seu passado. A escrita de Fuks me surpreendeu muito, principalmente pela sua carga poética. Além disso, apesar de abordar temas mais densos, o livro é formado por capítulos curtos, o que dá uma maior fluidez ao texto. Julian Fuks é, com certeza, um dos destaques da literatura contemporânea nacional.

 

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A desumanização, Valter Hugo Mãe

Acho que é impossível ler apenas uma obra de Valter Hugo Mãe. O autor, um dos meus favoritos, consegue entrelaçar narrativas simples, mas intensas, com uma escrita impressionante.

NOTA 9,5/10

CLÁSSICOS, FICÇÃO

O conto da aia, Margaret Atwood

Embora este livro tenha sido escrito em 1985, ele foi um dos mais comentados em 2017. Antes de começar a ler, já tinha escutado opiniões diversas, então não sabia muito o que esperar.

NOTA 10/10