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DIVERSOS

O pavilhão dourado, de Yukio Mishima | Resenha

O ritmo acelerado que vivemos ultimamente vem colocando a pausa e o silêncio como grandes - e incômodos - inimigos. E foi na contramão desse fenômeno que a leitura de um dos principais autores japoneses do século passado atingiu os leitores do meu clube do livro, o Bookster pelo Mundo. Uma obra escrita em 1956, em uma sociedade completamente distinta da nossa e que tinha como protagonista um monge de um templo budista zen, acabou se tornando uma leitura desafiadora - e, para mim, uma experiência muito marcante.

NOTA 7,5/10

DIVERSOS

Homem comum, de Philip Roth | Resenha

É comum encontrarmos na literatura a descrição de acontecimentos extraordinários e vidas marcadas por grandes momentos. No entanto, há grandes autores com a habilidade de construir histórias memoráveis sobre vidas comuns, rotinas insossas e partidas sem legados. Já li diferentes obras com essa abordagem e, quando bem feita, consegue me impactar de uma forma única.

NOTA 9/10

CLÁSSICOS, FICÇÃO

NOTA 9/10

O sol é para todos, Harper Lee

O pano de fundo é uma cidadezinha do Alabama, extremamente racista, na década de 1930. Nela, um advogado, Atticus Finch, assume a defesa de um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca. E a sua escolha traz sérias consequências para a reputação de sua família. Os cidadãos de Maycom não conseguem entender como Atticus pode defender um homem negro, da mesma forma que faria com alguém branco.

Só essa breve descrição já deixa claro que o livro aborda temas extremamente sensíveis e que causam repugnância. De fato! Mas o que torna a leitura tão interessante é que a narradora é uma garota de apenas 8 anos, Scout, a filha do advogado. São temas como racismo, intolerância e justiça a partir da visão ingênua e inocente de uma criança. Scout não consegue entender o porquê da revolta de seus vizinho e dos demais colegas da escola, quando, na verdade, seu pai só está fazendo seu trabalho.

E é no meio dessa dificuldade de compreensão que entram os ensinamentos de Atticus. Seu pai tenta transmitir o seu conceito de justiça, com a ideia de que todos são iguais e merecem ser tratados com tal. As críticas dos demais moradores de Maycomb não permitirão que ele passe por cima de seus valores. Uma das cenas mais interessantes do livro é o julgamento de Tom Robbinson, o acusado pelo estupro, e as reações de Scout com o desenrolar da sessão. Com uma narradora tão jovem, a obra, que trata de temas extremamente sérios, acaba revelando uma narrativa simples e acessível.

Por curiosidade, tamanha a relevância da obra que, em seu último discurso como presidente dos EUA, Obama fez questão de citar um de seus trechos: “You never really understand a person … until you climb into his skin and walk around in it.”

 

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Escolhas da vez! – Mulheres na literatura

Desde que criei o @book.ster, passei a conhecer um pouco mais sobre o mercado editorial e seus problemas.

NOTA

NÃO FICÇÃO

Leonardo da Vinci, Walter Isaacson

Essa foi uma leitura de altos e baixos - mais baixos, para falar a verdade. Biografia não é meu gênero favorito, mas tinha muita curiosidade em saber mais sobre a vida de Da Vinci e suas principais obras.

NOTA 6,5