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DIVERSOS

Relato de um náufrago, de Gabriel García Márquez | Resenha

Publicada em vários capítulos no Jornal El Espectador, em 1955, “Relato de um náufrago” é uma das primeiras obras escritas por Gabriel García Márquez e nos apresenta um texto jornalístico, que causou fortes impactos na sociedade da época. A narrativa traz em detalhes os 10 dias de Velasco, um marinheiro que é arremessado, junto com outros colegas, de um navio durante uma tempestade em fevereiro de 1955. Velasco foi o único sobrevivente da tragédia e ficou à deriva sozinho em uma pequena balsa por 10 dias até ser encontrado em condições extremas.

NOTA 9/10

DIVERSOS

O retorno, de Dulce Maria Cardoso | Resenha

A literatura portuguesa já conquistou meu coração de leitora há anos, com várias obras entrando para a minha lista de favoritas da vida. O que sempre me incomodou, confesso, era a pouca presença de autoras mulheres nas minhas leituras. O Retorno, de Dulce Maria Cardoso, estava na minha estante há tempos - e fico muito feliz de finalmente ter dado uma chance a ele. Fui imediatamente envolvido pela narrativa e pela força da temática.

NOTA 9/10

FICÇÃO, LIVROS

NOTA 9,5/10

Knulp, de Herman Hesse | Resenha

O meu primeiro contato com o ganhador do Prêmio Nobel de 1946 foi com “Sidarta”. Amei a leitura, sobretudo a forma como Hesse conseguiu em poucas páginas construir personagens profundos e nos conduzir por questionamentos existenciais.

Apesar de tratar de uma temática bem distinta, a verdade é que a leitura de “Knulp” me lembrou bastante o estilo de “Sidarta”.

Também em poucas páginas, acompanhamos algumas passagens da vida de Knulp, um andarilho sem muito rumo na Alemanha do final do século XIX. A sinopse até parece simples demais e, por isso, não há nem muito como desenvolver a narrativa por aqui. É um daqueles livros que parecem ser sem graça quando você tenta contar para alguém, mas que encantam pela simplicidade.

E essa simplicidade e pureza nos sentimentos do personagem me tocaram muito. Knulp é a imagem da liberdade e do desapego a bens materiais e a laços sociais mais profundos. Por outro lado, o modo de vida do personagem acaba gerando um certo incômodo nas pessoas que cruzam o seu caminho. Todos pensam que Knulp está deixando de aproveitar a vida quando opta por andar sem rumo e sem “objetivos”. Todavia, é justamente aí que aparecem as principais reflexões encontradas na leitura: a simplicidade não seria uma forma de curtir a vida?

É um verdadeiro ato de rebeldia para os padrões sociais da época. Na verdade, ainda que esse tipo de história costume aparecer com mais frequência hoje em dia, em que pessoas abrem mão das convenções sociais e da rotina “normal” e resolvem tomar novos rumos, a sociedade ainda enxerga essa decisão como um desvio do que é certo.

A escrita de Hesse é incrível e a leitura flui muito bem. Recomendo muito, até porque você só vai conseguir entender o valor desse livro após lê-lo.

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LIVROS, NÃO FICÇÃO

“A morte é um dia que vale a pena viver” – Ana Claudia Arantes | Resenha

É muito comum ler críticas sobre livros de auto-ajuda, como se eles fossem um gênero inferior de leitura, sobretudo quando comparados a obras literárias. Como costumo falar por aqui, entendo que preconceitos literários e generalizações nos impedem de conhecer e diversificar nossas leituras e podem afastar alguns leitores da conversa sobre livros.

NOTA 9,5/10

Desafio Bookster

#DesafioBookster2020 | Novembro

Quando se fala em livros, romance é um gênero narrativo muito mais amplo, que envolve uma história completa composta por “enredo, temporalidade, ambientação e personagens definidos de maneira clara”.

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