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#DesafioBookster2024 | Novembro

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Mamãe & eu & Mamãe, de Maya Angelou | Resenha

A busca por uma efetiva reconciliação entre pais e filhos é tratada na literatura há séculos. Para a ativista e poeta norte-americana, Maya Angelou, esse processo teve início muito cedo, aos 13 anos. Depois de problemas no casamento, Maya e seu irmão mais velho foram abandonados pela mãe quando os dois ainda eram muito pequenos. A infância foi vivida na casa da avó paterna, em um estado racista no sul dos Estados Unidos.

NOTA 9/10

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NOTA

“Não foi bem assim – verdades e cicatrizes de um julgamento”, de Francisco Almeida Prado | Resenha

Apesar de ter sido publicado em 2016, quando li a sinopse do livro achei que estava diante de um lançamento. É que, independentemente de posição política e sem fazer qualquer juízo de valor, o autor criou uma narrativa muito atual. “Não foi bem assim” traz a história de Armando, promotor de justiça que sempre se destacou no seu trabalho, mas acabou sendo envolvido em um escândalo: foi autor de uma gravíssima acusação contra um político e que se descobriu ter sido baseada em provas falsas. E o pior é que o protagonista acabou sendo uma vítima do cenário em que trabalha, fortemente contaminado por jogos de influências e troca de favores. São os bastidores de instituições públicas que pouco chegam aos “cidadãos comuns”. E ninguém melhor para construir uma história dessas do que Almeida Prado, um promotor de justiça aposentado, que trabalhou no Ministério Público por mais de trinta anos. A experiência do autor consegue ser facilmente percebida por quem lê.

Contudo, “Não foi bem assim” não é apenas um romance de intrigas políticas, temperado com um bom suspense. Diferentemente do que eu imaginava, o autor vai direcionando a narrativa para um outro caminho. A partir da reviravolta na vida de Armando, acompanhamos as angústias e incertezas de alguém que pode perder o que mais dá valor: o prestígio profissional que possui. Isso desperta reflexões inevitáveis no protagonista… “O que sobra de mim se aquela imagem sobre a qual construí a minha vida desaparece? Quem eu sou além daquela figura impessoal que sempre mostrei para a sociedade?” Esses questionamentos são justamente o fio condutor da segunda parte da obra e conseguiram, na minha opinião, dar um destaque à história criada por Almeida Prado. Além disso, a história de Armando toca em um ponto pertinente: as consequências de um julgamento influenciado pela pressão midiática e popular.

A escrita é simples, a narrativa prende a atenção do leitor e o final realmente me surpreendeu. Boa dica de livro para quem quer conhecer mais dos bastidores do mundo jurídico e político, sem abrir mão de um romance bem construído. #publi

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