Veja também

DIVERSOS

Quem matou meu pai, de Édouard Louis | Resenha

Um manifesto literário e íntimo. Com menos de 100 paginas, Édouard Louis constrói um texto híbrido, que combina críticas sociais à desigualdade e à sociedade opressora em que vivemos, com suas memórias, em especial a sua conturbada relação com seu pai, que não aceitava um filho gay. Se a autoaceitação de uma pessoa da comunidade LGBTQIA+ já é um processo difícil e dolorido, enfrentar esses medos com a repulsa familiar é uma tarefa muito mais sofrida.

NOTA 9/10

DIVERSOS

Uma história desagradável, de Fiódor Dostoiévski | Resenha

Diferentemente do seus romances mais densos, que se aprofundam nos conflitos e angústias dos personagens, “Uma história desagradável” é uma obra curta e que revela um Dostoiévski mais cômico e menos psicológico. E o que começa com uma premissa bem humorada, acaba levando para um desenvolvimento desagradável - para não dizer caótico.

NOTA 9/10

LIVROS

NOTA 7,5/10

Os despossuídos, Ursula K. Le Guin

Dois mundos “vizinhos”, habitados por seres humanos, mas governados de formas extremamente opostas. Em Urrás temos o retrato de uma sociedade capitalista, caracterizada pela desigualdade social, consumismo e privilégios indevidos. Por outro lado, Anarres possui uma estrutura social anárquica, que se desfez de conceitos como profissão, família, casamento e comércio… Ao longo da narrativa, acompanhamos Shevek, a primeira pessoa a viajar de um planeta para o outro em muitas décadas. Shevek, físico e habitante de Anarres, consegue um convite para conhecer Urrás e apresentar seu trabalho aos colegas do planeta vizinho. Lá, o choque cultural é inevitável. São formas de governo – ou não governo – completamente polarizadas, mas ainda assim as duas com seus próprios problemas. Em paralelo à viagem de Shevek, também conhecemos a sua vida, desde pequeno, em uma sociedade anárquica. A escrita é intrigante e a narrativa é bem construída. No entanto, senti um pouco de falta de um aprofundamento mais psicológico dos personagens. Na minha opinião, a autora dá ênfase em algumas passagens que não acrescentam muito à história. Independente disso, trata-se de uma leitura interessante e prazerosa!

 

Se você gostou, compre o livro clicando no link e ajude a página a se manter: https://amzn.to/2LtX4IL

Deixe seu comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Campos obrigatórios são marcados*.

Nome*:

Email*:

Comentário*

Veja também

LIVROS

O apocalipse dos trabalhadores, Valter Hugo Mãe

No início, o leitor pode sentir certa dificuldade e estranhar o estilo de escrita de Valter Hugo Mãe, marcado pela ausência de letras maiúsculas, travessões e por uma pontuação fora do comum.

NOTA 10/10

LIVROS

Barba ensopada de sangue, Daniel Galera

Narrado em primeira pessoa, por um protagonista cujo nome é desconhecido, a obra Daniel Galera é fluída e elaborada com uma linguagem coloquial e envolvente.

NOTA 07/10