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#DesafioBookster2024 | Novembro

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Mamãe & eu & Mamãe, de Maya Angelou | Resenha

A busca por uma efetiva reconciliação entre pais e filhos é tratada na literatura há séculos. Para a ativista e poeta norte-americana, Maya Angelou, esse processo teve início muito cedo, aos 13 anos. Depois de problemas no casamento, Maya e seu irmão mais velho foram abandonados pela mãe quando os dois ainda eram muito pequenos. A infância foi vivida na casa da avó paterna, em um estado racista no sul dos Estados Unidos.

NOTA 9/10

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NOTA 9/10

A viagem inútil – Trans/escrita, de Camila Sosa Villada | Resenha

O encantamento com “O parque das irmãs magníficas” me despertou a vontade de ler tudo da autora argentina e de conhecer mais sobre a origem de tanta potência. O início de sua relação com os livros, assim como o mergulho irreversível na escrita, é contado por Camila Villada neste ensaio autobiográfico. “A primeira coisa que escrevo na vida é meu nome de homem. Aprendo uma pequena parte de mim”.

Se a presença de seus pais está interligada com suas primeiras memórias com as letras, a relação familiar acabou sendo um aspecto de muita angústia em sua vida. Criada na cidade de Córdoba, a autora estava rodeada por violência, tristeza e a certeza de um futuro que a tornaria vítima de muito preconceito. A coragem de ser travesti e não baixar a cabeça para a intolerância.

Quando criança, Camila se apaixona por seu professor de educação física. Ninguém pode descobrir o seu segredo e, para se proteger, adota um pseudônimo para assinar as cartas. Assinou como uma mulher, pela primeira vez.

A escrita é arrebatadora e precisa. Acompanhar o nascimento dessa escritora nos explica um pouco de onde vem tanta força, mas também revela a doçura por trás de uma criança e uma jovem sem um caminho certo. Como o próprio subtítulo da obra indica, ser uma travesti e uma escritora são elementos de um mesmo todo.

Também foi muito interessante conhecer mais das inspirações que nortearam Camila em sua trajetória pelas letras. Como me contou durante a nossa conversa para o podcast @dariaumlivropodcast, a autora gosta de ler mulheres. Sequer é uma escolha intencional, mas é o que a atrai na hora de escolher um livro.

Uma leitura curta, mas que acabou repleto de marcações (nas páginas e neste leitor).

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A Lanterna das Memórias Perdidas, de Sanaka Hiiragi | Resenha

“Comfort books” ou “healing fiction” são termos que ganharam força no mercado editorial nos últimos anos e que têm forte origem em obras escritas por autores japoneses e sul-coreanos. No Brasil, os livros que prometem aquecer o coração do leitor podem ser definidos como “literatura de cura”. Sabe aquele livro que promete te receber como um abraço e te fazer ter uma visão mais otimista sobre a vida? Em alguns momentos eles são muito bem-vindos.

NOTA 8/10

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Nem sinal de asas, de Marcela Dantés | Resenha

O que leva alguém a chegar a um nível tão extremo de solidão que a sua falta não é sentida por ninguém? Foi a partir desse questionamento que a autora mineira decidiu escrever o seu primeiro romance após se deparar com uma notícia que a chocou: na Espanha, uma mulher foi descoberta sem vida em seu apartamento depois de 5 anos. Durante todo esse tempo, ninguém notou a sua ausência.

NOTA 9,5/10