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Relato de um náufrago, de Gabriel García Márquez | Resenha

Publicada em vários capítulos no Jornal El Espectador, em 1955, “Relato de um náufrago” é uma das primeiras obras escritas por Gabriel García Márquez e nos apresenta um texto jornalístico, que causou fortes impactos na sociedade da época. A narrativa traz em detalhes os 10 dias de Velasco, um marinheiro que é arremessado, junto com outros colegas, de um navio durante uma tempestade em fevereiro de 1955. Velasco foi o único sobrevivente da tragédia e ficou à deriva sozinho em uma pequena balsa por 10 dias até ser encontrado em condições extremas.

NOTA 9/10

DIVERSOS

O retorno, de Dulce Maria Cardoso | Resenha

A literatura portuguesa já conquistou meu coração de leitora há anos, com várias obras entrando para a minha lista de favoritas da vida. O que sempre me incomodou, confesso, era a pouca presença de autoras mulheres nas minhas leituras. O Retorno, de Dulce Maria Cardoso, estava na minha estante há tempos - e fico muito feliz de finalmente ter dado uma chance a ele. Fui imediatamente envolvido pela narrativa e pela força da temática.

NOTA 9/10

DIVERSOS

NOTA 8/10

Uma tristeza infinita, de Antônio Xerxenesky | Resenha

Vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura, Uma tristeza infinita aborda dois temas dos quais gosto muito: medicina e saúde mental. O enredo é construído a partir da mudança de vida feita por Nicolas, um psiquiatra francês, e sua companheira, Anna. Os dois aceitam um convite para se mudarem para um pequeno vilarejo suíço, onde fica localizado o novo local de trabalho do protagonista: um hospital psiquiátrico.

Além de ser um cenário diferente, Xerxenesky escolhe um período atribulado da Europa: o período pós 2ª Guerra, em que nações tentam se reerguer e o clima de destruição, perdas, traumas e culpa adoeciam a população. Muitos dos pacientes atendidos nesse pequeno vilarejo são vítimas dessa guerra.

É justamente nessa época que se desenvolvem as primeiras drogas contra doenças como a depressão. Até aquele momento, o tratamento de choque era uma opção comum nos hospitais psiquiátricos, Nicolas dedica-se à busca por um tratamento humanizado, em que a conversa com o paciente contribui para a melhora.

Achei interessante como o autor traz temas relacionados à psiquiatria e saúde mental, ao mesmo tempo em que constrói uma atmosfera de melancolia (m personagem importante com o decorrer da narrativa) envolvendo o protagonista e o novo cenário em que vive. A partir da leitura é possível perceber a extensa pesquisa feita pelo autor sobre os assuntos.

Por outro lado, a narrativa em si não me agradou tanto quanto os temas abordados. Senti falta de um desenvolvimento maior dos personagens principais, que em alguns momentos pareciam estar deslocados daquele cenário e época escolhidos por Xerxenesky. Ainda assim, não há como negar a coragem do autor brasileiro de escrever sobre uma atmosfera tão distante do nosso Brasil.

A escrita é gostosa e fluida e, por conta da temática que tanto me interessa, li em poucos dias. Ansioso pelas próximas obras que um autor contemporâneo nacional com tanto talento ainda tem parar nos oferecer.

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Amanhã, amanhã, e ainda outro amanhã, de Gabrielle Zevin | Resenha

Descobri este livro de uma forma curiosa: morando em Nova York, sentado em um café, quando escuto duas meninas na mesa ao lado conversando sobre um livro. Eu, que não nego ser curioso, logo começo a tentar escutar. Quando mencionaram que acharam Tolstói contemporâneo, não aguentei e resolvi perguntar. Tratava-se da obra de Gabrielle Zevin e a minha nova “amiga”, uma jovem russa, falou que eu deveria lê-lo! Isso ficou na minha cabeça, e qual não foi a minha felicidade quando recebi esse lançamento da Editora Rocco.

NOTA 8/10

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Escute as feras, de Nastassja Martin | Resenha

Imagina essa cena: você está de boa andando numa floresta coberta de neve quando, de repente, encontra um urso a poucos metros. E, para piorar, esse urso vem para a sua direção e te ataca. Bom, isso não é uma história de terror. Na verdade, até seja, mas ela não é ficção. A autora francesa Natassja Martin passou por isso em 2015 e sobreviveu para contar - apesar de diversos ferimentos.

NOTA 9/10