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Relato de um náufrago, de Gabriel García Márquez | Resenha

Publicada em vários capítulos no Jornal El Espectador, em 1955, “Relato de um náufrago” é uma das primeiras obras escritas por Gabriel García Márquez e nos apresenta um texto jornalístico, que causou fortes impactos na sociedade da época. A narrativa traz em detalhes os 10 dias de Velasco, um marinheiro que é arremessado, junto com outros colegas, de um navio durante uma tempestade em fevereiro de 1955. Velasco foi o único sobrevivente da tragédia e ficou à deriva sozinho em uma pequena balsa por 10 dias até ser encontrado em condições extremas.

NOTA 9/10

DIVERSOS

O retorno, de Dulce Maria Cardoso | Resenha

A literatura portuguesa já conquistou meu coração de leitora há anos, com várias obras entrando para a minha lista de favoritas da vida. O que sempre me incomodou, confesso, era a pouca presença de autoras mulheres nas minhas leituras. O Retorno, de Dulce Maria Cardoso, estava na minha estante há tempos - e fico muito feliz de finalmente ter dado uma chance a ele. Fui imediatamente envolvido pela narrativa e pela força da temática.

NOTA 9/10

DIVERSOS

NOTA 8/10

O Barman do Ritz de Paris, de Philippe Collin | Resenha

A temática da Segunda Guerra Mundial tem sido abordada de forma constante pela literatura, revelando a necessária retomada de um período devastador da História. Embora a obra de Philippe Collin tenha como pano de fundo esse mesmo acontecimento, ela é construída a partir de uma perspectiva pouco comum: os bastidores de um ambiente descontraído, frequentado pelos endinheirados ou oficiais de alto escalão. Não é nos campos de batalha, presídios de guerra ou campos de concentração que se passa o enredo. mas sim em um bar de um dos hotéis mais luxuosos do mundo.

O protagonista é um personagem real, apesar de o autor informar que precisou rechear a narrativa com ficção. Frank Meier comandou os coquetéis desse famoso local de encontro parisiense por muitos anos. Durante a Segunda Guerra, acompanhou a chegada dos alemães e a transformação do hotel em uma verdadeira acomodação de grandes nomes do exército de Hitler. E não bastasse o ambiente de tensão trazido pela guerra, Meier precisou esconder um segredo que poderia lhe custar a vida: ele era judeu.

Philippe Collin apresenta uma narrativa bem envolvente e interessante. São diversos os personagens que passam pelo local e convivem com o barman, inclusive importantes nomes da sociedade francesa e intelectual da época. O protagonista enfrentou seus medos e ainda se valeu de seus contatos para ajudar judeus que estavam lutando pela sobrevivência a obter documentos falsos.

É uma leitura leve, mesmo com o tema abordado, e pode agradar leitores que se interessam por romances históricos. Não espere um grande desenvolvimento dos personagens ou um estilo literários mais rebuscado, mas sim uma trama instigante e um cenário histórico bem construído.

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O tempo das cerejas, de Montserrat Roig | Resenha

O retorno do exílio é um tema que me desperta muito interesse na literatura. Isso porque a pessoa retorna para um local que não existe mais, já que o tempo transformou não apenas o país e a cidade em ela vivia, mas também os seus amigos e a própria família. Em “O tempo das cerejas”, um clássico da literatura catalã, conhecemos a história de Natàlia, uma mulher que retorna à Espanha depois de 12 anos de uma fuga do regime franquista que marcou o seu país por tantos anos.

NOTA 8,5/10

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Trilogia de Copenhagen, de Tove Ditlevsen | Resenha

A primeira parte da obra, em que a autora dinamarquesa escreve sobre a sua infância, é um dos textos mais marcantes que li nos últimos tempos. Gosto de livros autobiográficos de pessoas “comuns”, que fogem da fórmula best-seller de obras escritas por grandes personalidades de sucesso. E é isso que encontramos em “Trilogia de Copenhagen”, as memórias de uma escritora nascida em 1917 na Dinamarca e cuja vida desafiou os padrões do que a sociedade esperava de uma mulher da sua época.

NOTA 9/10