O pacto da Água, de Abraham Verghese
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Romances que acompanham gerações de uma mesma família ao longo dos anos são, para mim, um dos meus estilos favoritos na ficção. Em o Pacto da Água, o autor nos leva por quase 80 anos na história de Grande Ammachi, uma mulher que nasceu no sul da Índia, em uma região católica, pobre e ainda muito rural, e aos 12 anos precisa deixar sua família para se casar com um homem muito mais velho.
Aos poucos, ela descobre que a família de seu futuro marido enfrenta um problema há gerações e cujas causas são desconhecidas: algumas pessoas se tornam vítimas fatais das águas. Na árvore genealógica, muitas são as marcas que indicam o afogamento de homens e mulheres. E ninguém entende os motivos.
No início dos anos 1900, a personagem se vê completamente perdida e desamparada, mas aos poucos começa a criar raízes na casa que será testemunha de tantos acontecimentos em sua vida. Perdas irreparáveis, momentos de alegria e muitas idas e vindas de pessoas que ama marcarão os capítulos construídos por Verghese.
E, aos poucos, o leitor é apresentado a um novo núcleo do romance, em que a medicina acaba se tornando um dos protagonistas (um tema que adoro). O autor é filho de pais indianos e também é médico, o que explica o cenário escolhido para a obra e também os detalhes sobre a rotina de um hospital e sobre procedimentos cirúrgicos que são descritos no livro.
Apesar de em alguns momentos os núcleos parecerem ser totalmente independentes, e o ritmo da leitura oscilar, os últimos capítulos acabam mostrando ao leitor um cruzamento peculiar e interessante das histórias. Verghese conseguiu, assim como em seu outro sucesso O 11º mandamento, desenvolver uma narrativa cativante, em um cenário pouco conhecido e com personagens que deixam suas marcas na memória do leitor – sobretudo, a inesquecível Grande Ammachi. Ou seja, a fórmula perfeita para uma ótima leitura!